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Os próximos meses serão marcados pela chegada da nova janela de lançamentos de smartphones, dando início a um novo capítulo na disputa entre a Qualcomm e Samsung para ver qual empresa tem o melhor processador entre os dispositivos com Android. Vale lembrar que com a Apple na jogada, a coisa muda de figura.

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De acordo com informações divulgadas pelo informante “Ice Universe” neste domingo (15/11), o Exynos 2100, próximo lançamento da Samsung, terá um desempenho superior ao que o seu equivalente da Qualcomm, o Snapdragon 875. O informante disse em sua conta do Twitter que está bastante confiante quanto ao desempenho do novo Exynos 2100:

É quase certo que o Exynos 2100 tem um desempenho mais poderoso do que o Snapdragon 875, e os consumidores europeus finalmente se alegrarão

 

Se esta alegação for mesmo verdadeira, o cenário pode ser positivo para os consumidores brasileiros. Isto porque a “grande S” costuma utilizar os processadores Exynos nos aparelhos da linha Galaxy S, nos mercados europeus e latinos, enquanto reserva os chips Snapdragon para a China e os Estados Unidos. Apesar disso, o Galaxy S21 com Snapdragon 875 bateu a versão com Exynos no Geekbench.

Embora a Samsung afirme que o motivo para estas diferenças não tenha a ver com custos, mas pelo fato da linha Exynos se adaptar melhor à tecnologia de banda destes países, muitos usuários costumam dar preferência aos aparelhos com Snapdragon. Recentemente, por exemplo, a Samsung lançou no Brasil o Galaxy S20 FE equipado com um processador Exynos.

O que sabemos até agora?

Até o momento, espera-se que tanto o Snapdragon 875, quanto o Exynos 2100 tenham a mesma configuração de núcleos. O Snapdragon terá 875 terá configuração com três clusters, sendo um núcleo ARM Cortex-X1 com frequência de 2,84 GHz, três núcleos Cortex-A78 com clock de 2,42 GHz e mais quatro e quatro núcleos Cortex-A55 funcionando a 1,8 GHz.

Com a tecnologia tri-cluster, o processador trabalha com seus núcleos divididos em três grupos. Cada grupo pode utilizar 1, 2 ou 4 núcleos que serão acionados conforme a demanda do aparelho. A medida busca trazer mais eficácia aos processos sem consumir energia desnecessária, preservando ainda mais a vida da bateria.

Embora os 2,84 GHz do modelo estejam abaixo dos 3 GHz atingidos pela Qualcomm com o Snapdragon 865+, a estimativa é que seu desempenho seja 27,8% superior em comparação ao 865 padrão, o transformando na melhor opção para os topos de linha da próxima geração.

As informações técnicas do Exynos 2100 ainda são escassas, mas o portal SamMobile divulgou nesta terça-feira (16), algumas informações sobre a provável configuração do processador. De acordo com as informações, o Exynos 2100 utilizará núcleos criados a partir da nova tecnologia EUV de 5 nm da Samsung. Assim, a empresa coreana deixaria de lado a arquitetura até então conhecida como Moongose, presente nos Exynos 990. Esse processador foi alvo de críticas de usuários do Galaxy S20 e Note 20 por seu desempenho.

Deste modo, embora não tenham sido divulgados os clocks específicos de cada núcleo, o site afirma que o novo SoC Exynos terá um núcleo ARM Cortex-X1, três núcleos Cortex-A78, além de quatro núcleos Cortex-A55. Além disso, ele também terá uma GPU Mali-G78 integrada.

O futuro da Samsung está no Exynos?

A verdade é que por se tratar dos mesmos núcleos, no desempenho, as diferenças entre Exynos 2100 e Snapdragon 875 em aparelhos como o Samsung S21, por exemplo, não deverão ser perceptíveis, pelo menos para o grande público.

No entanto, os investimentos cada vez maiores da Samsung em sua linha de processadores acendem um alerta vermelho para a Qualcomm. Isso mostra demonstrando um crescente empenho da fabricante Coreana em consolidar seus aparelhos com tecnologia da casa.

Desde que a Apple anunciou uma transição gradual na utilização de processadores de terceiros para uma linha proprietária, a tendência é que as grandes fabricantes façam o mesmo, diminuindo custos e aumentando o controle de inovação em relação as suas tecnologias.

No caso da Samsung, a empresa tem sua estratégia definida há anos, mas não custa seguir o exemplo da Apple e tentar aumentar sua participação no mercado e consolidar sua posição de principal fabricante de celulares do mundo.

Via Android Headlines.