Assim como a maioria das empresas de tecnologia chinesas, a Xiaomi começou a enfrentar sanções do governo dos Estados Unidos nos últimos anos. Mas agora a companhia conseguiu uma vitória importante na justiça, que retirou a marca da lista de bloqueio de empresas estrangeiras.
O juiz distrital dos EUA, Rudolph Contreras, decidiu a favor da Xiaomi depois que a chinesa alegou que o bloqueio era inconstitucional e estava manchando a marca da empresa no mundo. O processo ainda está em andamento, mas a companhia já ganhou a primeira causa. Na decisão, o magistrado afirma que, ao adicionar a fabricante de celular na “lista negra”, o governo agiu de maneira “arbitrária”.
A alegação das autoridades dos EUA para o bloqueio da Xiaomi é de que a empresa estaria agindo a mando do Partido Comunista Chinês. Isso aconteceu em janeiro, ainda na gestão de Donald Trump, mas foi mantido pelo governo de Joe Biden.
— Xiaomi (@Xiaomi) March 14, 2021
Lista negra
Ao fazer parte da “lista negra”, nenhuma empresa americana ou individuo pode fazer investimentos na Xiaomi. Isso inclui patrocinadores, parceiros como a Qualcomm e limita as movimentações da gigante no país.
A chinesa já viu resultados da medida. Nesta segunda-feira (15), as ações da chinesa dispararam 10% na bolsa de Hong Kong após a decisão favorável. “A empresa reitera que é de capital aberto e opera de forma independente”, declarou a companhia. “A Xiaomi vai continuar lutando para para que o tribunal remova de forma definitiva a designação”, completou ainda se referindo ao fato de o processo ainda não ter sido completamente finalizado.
A decisão deixou uma expectativa de que a justiça dos EUA pode seguir o que faz com a Xiaomi e remover o bloqueio contra a também chinesa Huawei. Mas, o segundo caso é um pouco diferente. Apesar de também fazer parte da “lista negra”, as restrições contra a Huawei são bem mais severas e pesa ainda o fato de a companhia estar na disputa pela implementação do 5G pelo mundo. A mudança na presidência do país trouxe esperanças para a empresa, mas não há qualquer sinal de que a administração Biden vai mudar a postura nessa área.