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Vendida pela Huawei no fim do ano passado, a Honor confirmou nesta sexta-feira (22/01) que fechou contratos com grandes fabricantes de processadores nos Estados Unidos, como a Intel e a Qualcomm. Os acordos podem ser considerados um alívio para a empresa de Shenzhen, que sofreu com as sanções impostas pelo Departamento de Comércio dos EUA à Huawei.

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Hoje, a Honor também realizou o lançamento de seu primeiro smartphone como companhia independente, o Honor V40. “Os últimos cinco meses foram extremamente difíceis, mas significativos para a Honor”, disse o CEO da empresa, George Zhao, durante o lançamento do V40 5G. “Sentimos o peso da expectativa de consumidores e parceiros na indústria”, acrescentou.

Consolidar contratos com empresas de grande porte no mercado – a lista inclui ainda Samsung, Microsoft, AMD, Sony, MediaTek, MicroTechnology e SK Hynix – é considerado essencial para a sobrevivência da Honor sem a Huawei, que fundou a empresa em 2013. Em sua nova fase “solo”, a empresa chinesa precisou restringir sua linha de produção a smartphones de entrada. Com parcerias fortes ao lado, há a chance de ingressar em mercados de celulares intermediários nos próximos anos.

“Eles querem mostrar que renasceram da Huawei”, pontua Nicole Peng, vice-presidente de mobilidade na Canalys, empresa de consultoria de Singapura. “Assim, os clientes mantêm a confiança de que eles tenham a mesma qualidade mirada pela Huawei,” conclui ela. Segundo a Canalys, a Honor vendeu 13,3 milhões de telefones no terceiro trimestre do ano passado, o equivalente a 25% do total das remessas da Huawei.

Sobre as parcerias anunciadas nesta sexta-feira, Samsung e Hynix se recusaram a comentar. Já Intel, AMD, Microsoft, Qualcomm e Micron disseram que não irão comentar agora sobre o tema.

Cerco americano motivou dissolução

A Huawei vendeu a Honor em novembro de 2020 para um consórcio de 30 empresas de Shenzhen, na China. A separação foi uma forma de salvar a ex-subsidiária, cujo estoque de componentes fora altamente afetado por sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos.

Após a venda, cerca de 8 mil funcionários da Honor se mudaram para um novo escritório na zona sul de Shenzhen – também a sede da Huawei. Segundo Zhao, metade do efetivo veio da área de pesquisa e desenvolvimento.

As restrições americanas a Huawei impediram o acesso da companhia à avançada tecnologia de chips no país. O antigo governo dos EUA, liderado por Donald Trump, acusava a empresa de Shenzhen de espionagem, mas nunca ofereceu nenhuma prova.

Via Phone Arena e Reuters