Apesar da falta de componentes pela pandemia da Covid-19, o mercado de smartphones registrou um crescimento de 13,2% no segundo trimestre de 2021, informa o International Data Corporation (IDC), uma das principais empresas de análise do setor. O número é pouco maior do que a previsão inicial de 12,5%. Vale citar que também mostrou um crescimento no mercado de tablets e Chromebooks.
No total, os fornecedores enviaram mais de 313,2 milhões de dispositivos durante o trimestre. Todos os grandes mercados registraram um crescimento, a exceção é a China, que apesar o bom desempenho da Xiaomi, viu as vendas da Huawei despencarem mais de 10% em comparação com o segundo trimestre de 2020.
A pandemia afetou duramente o primeiro semestre de 2020, mas a partir da segunda metade do ano, o mercado passou a dar sinais de recuperação. Essa tendência se manteve durante 2021. Mesmo com a falta de chips causada pela paralisação da produção durante alguns meses, o setor conseguiu não ser tanto afetado como outros. “O mercado de smartphones tem a sorte de não experimentar as severas restrições de fornecimento dos setores automotivo, de PCs e monitores”, disse Ryan Reith, vice-presidente de programa da IDC.
A IDC ainda confirma a Xiaomi na segunda posição em vendas no mercado de smartphones em 2021, atrás apenas da Samsung. Apesar da queda no mercado chinês, a empresa conseguiu ocupar boa parte do espaço que era da Huawei e ainda teve ajudar em alguns lugares com a saída da LG do seguimento.
Crescimento no mercado e queda da Huawei
Outra que se beneficiou da queda da Huawei foi a Apple, que apesar de ter ficado em terceiro, bateu recorde de vendas do iPhone nesse semestre. “O papel da China no incrível crescimento da Apple nos últimos trimestres não pode ser negado. A Huawei tinha uma participação significativa no segmento de alta tecnologia na China e, com seu declínio massivo, a Apple continuou sendo a melhor opção para os consumidores neste segmento”, completou Reith.
Ainda de acordo com a IDC, o crescimento do mercado de smartphones em 2021 foi também motivado pelo aumento da disponibilidade do 5G no mundo e com a maior variedade de aparelhos compatíveis com a velocidade. Isso fez com que muitos consumidores considerassem a troca de seu celular. “A pandemia está longe de acabar, mas os consumidores em todo o mundo seguem mostrando a necessidade de dispositivos móveis e uma vontade de gastar nessas categorias. As remessas de dispositivos 5G estão aumentando, especialmente à medida que os preços diminuem”, finalizou.