A Anatel anunciou nesta semana um projeto para mapeamento e visualização de alcance, qualidade e distribuição da banda larga nacional em todo o Brasil. Nomeado projeto C2DB (ou Crowdsourcing for Digital Connectivity in Brazil), a iniciativa será realizada em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e identificará locais onde não há serviços de banda larga fixa ou móvel.
O projeto C2DB cruzará dados de acesso à redes móveis e fixas com outros mapas, como densidade populacional, dados socioeconômicos e informações de crowdsourcing. Conforme o anúncio da Anatel, o projeto irá gerar informações que permitirão estimativa de custos para conectar áreas isoladas com regiões com maior conectividade.
O mapeamento da Anatel identificará as áreas sem acesso à banda larga nacional fixa e móvel, com variações 30 metros quadrados a 600 x 1200 metros. A instituição estima que os primeiros resultados estejam disponíveis até o final deste ano.
Aumento da banda larga está diretamente relacionado à crescimento do PIB
A parceria entre a Anatel e o BID podem trazer resultados que impactam diretamente no desenvolvimento do país. Uma pesquisa do banco interamericano no último trimestre de 2020 revelou que 87% das residências brasileiras possuíam acesso à banda larga. Outra pesquisa da Anatel revelou também que o Brasil teve o primeiro ano com crescimento de uso de dados móveis.
Estudos do BID correlacionam o aumento dos serviços de rede ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da produtividade de uma nação. Segundo eles aumentos de 10% na penetração de serviços de internet no Caribe e na América Latina e estariam diretamente relacionados a um aumento médio de 3,2% do PIB e crescimento da produtividade em 2,6 pontos percentuais. Os motivos podem estar relacionados à criação de ambientes mais propícios para investidores e a criação de emprego e renda sobre a instalação da infraestrutura.
Anatel também mapeia cobertura móvel e prioriza zonas não atendidas em novo plano de rede
As zonas de baixa cobertura de banda larga nacional também foram prioridade da Anatel na discussão do Plano de Metas de Universalização 2021-2025. No novo planejamento, os licitantes são responsáveis por cobrir primeiro as zonas remotas com as novas faixas de rede 5G, iniciando ainda neste ano. Além disso, a instituição disponibilizou um mapeador de sinal de cobertura móvel nas regiões brasileiras.
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