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Medidas drásticas foram adotadas pelo Facebook diante da invasão por extremistas pró-Trump ao Capitólio. Algumas horas após remover de sua plataforma e do Instagram um vídeo do (ainda) presidente dos Estados Unidos, Donald Trump dirigido aos apoiadores, além de sua postagem subsequente sobre suposta fraude no resultado da eleição presidencial dos EUA, o Facebook denunciou a ação e anunciou novas atualizações em sua política de moderação de conteúdo.

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O posicionamento foi feito em publicação da companhia denominada “Nossa resposta à violência em Washington”, assinada por Guy Rosen, vice-presidente de integridade do Facebook e Monika Bickert, vice-presidente de Gestão de Política Global.

Sobre a exclusão do vídeo, o vice-presidente de integridade do Facebook fez uma declaração em um post no Twitter.

Tradução: “Esta é uma situação de emergência e estamos tomando as medidas de emergência adequadas, incluindo a remoção do vídeo do presidente Trump. Removemos porque, no geral, acreditamos que contribui em vez de diminuir o risco de violência contínua”.

Tolerância zero

A empresa garantiu que está removendo todo conteúdo que elogia e apoia a invasão ao Capitólio ou solicitações para levar armas  – não apenas em Washington, mas em qualquer lugar dos EUA – incluindo protestos. Também removeram todo o conteúdo de incitação ou incentivo aos eventos no Capitólio, incluindo vídeos e fotos dos manifestantes, pois “representam a promoção de atividades criminosas que violam as políticas da companhia”.

Além disso excluíram conteúdos que estimulam uma repetição da violência nos próximos dias. Ao se posicionar o Facebook também confirmou que todas as políticas de moderação introduzidas antes das eleições permanecerão ativas e  que vai atualizar os rótulos de advertência aplicados às publicações sobre a eleição presidencial de 2020 para registrar a confirmação de Joe Biden como vencedor.

O Facebook anunciou que implementará novas medidas como delegar aos administradores a revisão de aprovação de postagens antes que elas possam ‘subir’; desativar automaticamente comentários em postagens que começarem a ter alta taxa de incitação ao ódio ou conteúdo que estimule violência e que vai usar  a Inteligência Artificial para rebaixar conteúdos com potencial de violar as políticas da empresa.

Medidas drásticas

Inicialmente, pouco tempo depois da publicação do vídeo do presidente Trump, o Facebook se limitou a rotular a postagem direcionando os usuários a informações verídicas sobre os resultados das eleições de 2020. Mais tarde, impôs um rótulo mais rígido que dizia: “Joe Biden foi eleito presidente em resultados que foram certificados por todos os 50 estados. Os EUA têm leis, procedimentos e instituições estabelecidas para garantir a transferência pacífica do poder após uma eleição”. Porém em seguida o Facebook decidiu excluir o vídeo, declarando uma “situação de emergência”.

Outras empresas de mídia social como Twitter, Google e Reddit,  também optaram por medidas drásticas, incluindo suspender a conta do Twitter do presidente Trump por 12 horas, citando violações da política de integridade cívica do Twitter. No entanto Trump ainda pode enfrentar punição ainda mais grave, como a suspensão permanente por quaisquer violações futuras. A empresa também deletou tweets ofensivos, neste que ficou marcado como um episódio sem precedentes, após a invasão ao Capitólio.

Em seu discurso antes dos manifestantes invadirem o prédio do Capitólio, Trump anuncia: “Não vamos desistir, não vamos reconhecer a derrota. Isso não vai acontecer. Não quando existe fraude envolvida. Agora o Congresso deve confrontar esse ataque notório à nossa democracia. Nós vamos marchar para o Capitólio e vamos apoiar nossos senadores congressistas”.

A invasão por manifestantes aconteceu na tarde de quarta-feira (6), por manifestantes portando símbolos de supremacia branca. Era quando os congressistas estavam reunidos para certificar a escolha de Joseph Biden como próximo presidente dos EUA. Apoiadores de Trump, afirmando não reconhecer o resultado das eleições (como Trump) invadiram o Capitólio,  abriram portas à força, quebraram janelas e ocuparam o plenário e as salas do Congresso.

Via Android Central