Apenas um mês após lançada, a rede social criada pela equipe de Trump foi infiltrada por apoiadores do ISIS, que estão aproveitando a moderação tosca da plataforma para espalhar propaganda e conteúdo violento relacionado ao grupo terrorista.
Segundo uma reportagem do site Politico, a rede social Gettr está se enchendo de material jihadista, vídeos de decapitação, memes pedindo violência contra o Ocidente, e até um meme viral de um jihadista do Estado Islâmico executando Trump vestido com uniforme de penitenciária. O Politico encontrou cerca de 250 contas no Gettr postando conteúdo relacionado ao ISIS com hashtags pró-Jihadi.
Moustafa Ayad, diretor-executivo para África, Oriente Médio e Ásia da think tank Institute for Strategic Dialogue, foi o primeiro a descobrir as contas jihadistas na rede social da equipe de Trump. “O Estado Islâmico foi muito rápido para explorar o Gettr”, ele disse. “No Facebook, uma conta que eu seguia e sabia ser do ISIS escreveu: ‘Ah, Trump anunciou sua nova plataforma. Inshallah, todos os mujahidin vão explorar essa plataforma’. No dia seguinte, havia pelo menos 15 contas no Gettr que pertenciam ao Estado Islâmico.”
Em um post no próprio Gettr, em um perfil com o nome fazendo referência ao ISIS, o usuário escreveu: “Iremos até vocês com matanças e explosões, seus adoradores da cruz. Como é ótima a liberdade de expressão”.
Segundo CEO, o Gettr tem um sistema forte de moderação
Em uma declaração oficial, Jason Miller, o CEO da rede social Gettr, disse: “O ISIS está tentando atacar o movimento MAGA porque o presidente Trump os varreu da face da Terra, destruindo o Califado em menos de 18 meses. Os únicos membros do ISIS vivos são guerreiros de teclado, escondidos em cavernas e comendo biscoitos sujos”.
Miller acrescentou que o Gettr tem um sistema robusto de moderação que usa “tecnologia de inteligência artificial de ponta e moderação humana”. Mas quatro dias depois que o Politico enviou pedidos de comentário para a administração da rede social, a maior parte do conteúdo com propaganda do ISIS continuava na plataforma.
Via Second Nexus
Imagem: Gayatri Malhotra/Unsplash