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A Universidade do Texas anunciou ontem (07/07) o lançamento do 6G@UT, novo centro de pesquisa voltado ao desenvolvimento da conexão 6G e que conta com envolvimento de empresas de tecnologia como a Samsung e a Qualcomm. Além das duas empresas, a Nvidia, a InterDigital e a AT&T, a maior do mundo no ramo de telecomunicações, também participam do projeto.

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A participação das empresas de tecnologia ocorrerá mediante auxílio financeiro e técnico. Isto é, além do dinheiro, elas oferecerão também seus pesquisadores para que colaborem com estudantes e membros da Universidade do Texas. Mais especificamente, cada empresa deverá se envolver em pelo menos duas pesquisas diferentes relacionadas ao 6G, pelo período de três anos.

Futuro da tecnologia é promissor

Não é a primeira vez que pesquisadores da Universidade do Texas se envolvem em uma pesquisa como essa, entretanto. Afinal, muitos deles estavam presentes nos projetos responsáveis por trazer o 5G ao mundo. A novidade é que as pesquisas, dessa vez, dizem respeito a uma série de inovações tecnológicas recentes, como a criação de algoritmos de machine learning voltados exclusivamente a redes sem fio, novas tecnologias de sensores e inovações de rede.

Outra novidade se dá em relação aos testes de ondas na frequência na casa dos THz, isto é, com frequências mil vezes maiores do que as ondas de GHz normalmente usadas no 5G. Isso, na prática, significa que as redes 6G serão capazes de utilizar inúmeros sensores diferentes, dentre os quais se destacam sensores de visão, de áudio, LiDAR, térmicos, sísmicos e de banda larga. Segundo o texto de divulgação do 6G@UT, tais sensores “garantirão conhecimentos sem precedentes dos arredores para aplicativos e dispositivos utilizando a rede”.

Assim, se essa tecnologia específica se provar bem-sucedida, e esses novos sensores funcionarem de maneira adequada, a segurança de carros que se dirigem sozinhos poderá aumentar grandemente, por exemplo. O objetivo principal dessa união entre a Samsung, a Qualcomm, as outras empresas e a Universidade do Texas, por outro lado, é garantir a base sob a qual a tecnologia 6G de todo o mundo vai se apoiar futuramente.

Não espere sentado pelo 6G

A movimentação para estudar e desenvolver o 6G foi iniciada há algum tempo. A Apple, por exemplo, começou suas pesquisas no início deste ano. E vale a pena lembrar, aliás, que a AT&T está participando também da Next G Alliance, grupo formado nos EUA voltado ao desenvolvimento da tecnologia.

Assim como ocorre agora com a pesquisa envolvendo a Universidade do Texas, a AT&T, no Next G Alliance, está aliada a 44 outras empresas do setor informacional e de telecomunicações. Dentre elas, o membro de maior destaque é a Nokia. Mas, mesmo com essa corrida atual, as estimativas afirmam que vai levar certo tempo até que finalmente testemunhemos o poder do 6G.

Em contrapartida, enquanto o 6G vem sendo desenvolvido ao redor do mundo, aqui ainda não conseguimos nem realizar o leilão da tecnologia 5G. Isso significa que se o 6G pode demorar a chegar mesmo com a participação de empresas gigantes como a Samsung e a Qualcomm em seu desenvolvimento lá fora, a situação do Brasil é menos animadora.

Via Mobile World Live

Imagem: Fit Ztudio/Shutterstock