A Xiaomi não para mais de registrar patentes. Dona de mais de mais de 19 mil sob seu domínio, além de 27 mil marcas em todo o mundo, a fabricante chinesa, agora, quer mandar ao mercado um celular modular. Isso mesmo: um dispositivo que pode ser montado conforme o desejo do usuário, pois possui partes intercambiáveis.
Quem descobriu a patente, mais uma vez, foi o pessoal do site holandês LetsGoDigital. Em parceria com o designer gráfico Jermaine Smit, o Concept Creator do YouTube, foram renderizadas imagens em cima da patente vazada, projetando como seria o futuro smartphone da Xiaomi.
A ideia consiste basicamente no seguinte: o celular modular seria composto por três partes diferentes, cada uma com um conjunto de funções. Na superior ficariam a placa-mãe e o sistema de câmeras, enquanto a intermediária abrigaria a bateria, sobrando para a inferior um espaço ocupado por outro tipo de hardware, como uma câmera com zoom ou um sistema de alto-falantes.
E a tela?
Um ponto importante do celular modular que a Xiaomi patenteou é em relação à tela. De acordo com o relatório registrado no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO) em fevereiro do ano passado, mas revelado somente agora, com o devido registro junto ao banco de dados da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), a tela será uma das atrações do smartphone.
Ela se estenderia pelo menos por dois módulos que, juntos, formariam um grande painel, sem qualquer emenda aparente. O celular modular da Xiaomi pretende, portanto, ter um visual com design de tela inteira. O encaixe e o desencaixe dos módulos seriam feitos por meio de deslizamento em trilhos, e o funcionamento só seria permitido se eles estiverem perfeitamente alinhados para o uso.
Em relação às câmeras, o celular modular da Xiaomi poderia ter designs diferentes, ‘ao gosto do freguês’. Pela imagem acima, por exemplo, é possível ver um deles com três lentes e um flash dentro de um módulo quadrado encaixado no smartphone. Logo ao lado, na mesma foto, aparece um sistema com quatro câmeras alinhado verticalmente, sendo que a última poderia ser uma lente periscópio. A câmera de selfie, por sua vez, segundo a documentação, estaria sendo trabalhada para ser colocada sob a tela, a exemplo do que vem fazendo algumas marcas rivais.
Pegada ecológica?
Além da natural inovação tecnológica que certamente chamará a atenção se a patente do celular modular da Xiaomi realmente sair do papel, a empresa espera conquistar ainda mais espaço no mercado sob a ótica da sustentabilidade. De acordo com o pessoal do LetsGoDigital, o que motivou a Xiaomi a começar a trabalhar no projeto foi a preocupação com o meio ambiente.
Por enquanto é apenas uma patente, assim, não dá para ficar muito animado. De qualquer forma, o raciocínio da fabricante chinesa é simples: um celular modular, se apresentar defeitos, será mais fácil de ser consertado do que um dispositivo inteiro. Além disso, no caso de necessidade de descarte, a quantidade de lixo eletrônico, que cresce a cada ano e preocupa as autoridades, também será menor. E aí: será que a ideia da Xiaomi vai vingar?
Via LetsGoDigital
Imagens: Reprodução/LetsGoDigital