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Na época em que a Apple anunciou sua nova política de privacidade para o iPhone, em que sites não poderão mais rastrear a navegação do usuário sem autorização prévia, o Facebook foi radicalmente contra e disse que a empresa estava acabando com a “internet livre” e que pequenos comerciantes do mundo inteiro iriam falir. Bom, aparentemente Mark Zuckerberg contou até dez, deixou a raiva passar, e mudou de ideia. Declarou que a mudança pode ser boa para a rede social.

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Em uma sala no Clubhouse, rede que o Facebook já está tentando copiar, o CEO disse que quando o App Tracking Transparency (ATT) da Apple for lançado, sua companhia pode encontrar uma posição ainda mais forte no mercado e que, no momento, em está em um “bom lugar” em relação à política de privacidade.

Na realidade, a mudança da Apple deve impactar diretamente nos negócios de empresa de Zuckerberg. Nos últimos anos, tanto o Facebook quanto o Instagram receberam lojas voltadas para pequenos comerciantes ou até mesmo usuários comuns que querem se desfazer de produtos. Nesse tipo de negócio o rastreamento de navegação pode ser fundamental para algumas das vendas. Atualmente cerca de 250 milhões de pessoas usam esse tipo de serviço nas redes sociais do grupo.

“Em comparação com as primeiras conversas que tivemos sobre como as pessoas usariam isso no Facebook, Instagram e nossos produtos, acho que isso é algo que está no caminho certo e será cada vez mais importante para as pessoas”, explicou o CEO.

Antes da trégua

Apesar do tom amigável, essa não parece ser a postura adotada internamente na empresa. Recentemente, ex-funcionários do Facebook resolveram esclarecer os motivos pelos quais a nova política de privacidade da Apple fez a rede social entrar em crise.

De acordo com o grupo, o anti-tracking da Apple bloqueará uma das métricas fundamentais do Facebook, chamada “View-through conversions” (ou visualização de conversões). Através dela, a rede social consegue determinar quantos usuários que compraram um produto apenas por ver o seu anúncio. Com isso, a mecânica não precisa nem detectar se a pessoa interagiu com a propaganda ou não.

Quando a política anti-tracking, o Facebook iniciou uma guerra de influência contra a Apple, declarando a empresa de Cupertino como sua maior rival, e fazendo uma campanha em jornais (duas vezes) que levou até o Tim Cook a responder pessoalmente.

Após algum tempo o Facebook acabou se vendo sozinho nesta briga já que o Google, principal concorrente da Apple no mercado de sistemas operacionais, parece estar considerando adotar uma política semelhante no Android e inclusive já alterou a forma como os dados são rastreáveis no Chrome.

Via PhoneArena

Imagem: Bombuscreative (iStock)