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O TikTok anunciou que vai ativar por padrão o rastreamento para fornecer anúncios mais úteis aos usuários, e tentar se adaptar aos novos tempos. A nova realidade é uma consequência de decisões da Apple, que leva a privacidade do usuário a sério. Foi a empresa que iniciou esse processo, com seu movimento de obrigar os apps a solicitarem permissão do usuário para rastreamento de dados e exibição de anúncios personalizados no iOS 14.5. Isso foi um baque principalmente para o Facebook, mas apps chineses também estão bem preocupados com a mudança, como mostra a nova postura do TikTok.

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O caminho da plataforma, porém, será curioso: o TikTok anunciou que ativará o rastreamento de anúncios em 15 de abril, quando as configurações dos perfis de todos os usuários ativarão essa opção obrigatoriamente. Mesmo assim, cada usuário ainda terá o poder de acessar as configurações e desativar essa função, recebendo então propagandas genéricas, porém menos “perigosas” para o consumo já que não foram baseadas nos gostos do consumidor e no seu perfil de navegação.

Pode parecer que o TikTok está tomando uma decisão sem eficácia ao permitir que os usuários retornem para as configurações que desativam o rastreamento para anúncios mais precisos. Porém, a partir do momento em que o app configurar como padrão o rastreamento, isso pode ajudar a plataforma a escapar do pop-up de solicitação de rastreio, caso o usuário receba o iOS 14.5 após 15 de abril. E se muitos não prestarem atenção nesse detalhe — como deve acontecer — pouca coisa irá mudar para a plataforma.

CAID e o Partido Chinês

Outra carta na manga do serviço da ByteDance é o CAID, alternativa desenvolvida pelo governo chinês para seguir rastreando os usuários e seus perfis de consumo na internet. Costurada por outras gigantes como a Tencent e outras duas mil companhias, essa poderá ser uma “gambiarra” efetiva para seguir acompanhando o usuário do iOS online, obtendo dados valiosos para disparo de propaganda.

É improvável que a Apple se meta nessas questões, sejam elas a ativação por padrão de anúncios rastreáveis do TikTok ou o CAID, se de fato elas forem implementadas. Comprar briga com mercado chinês significa peitar a China. O país é uma das maiores potências econômicas do mundo e tem mais de um bilhão de cidadãos, assim, essa não é uma boa ideia. Imagine que, não raramente, Xi Jiping e seus alcaides costumam retaliar quem vai contra os interesses do Partido Chinês. Desconfia-se que Tim Cook não quer ver os iPhones e iPads banidos por lá.

Via Mashable

Imagem: Wachiwit/iStock