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Parece que as atualizações da Apple não serão a fronteira final da privacidade de usuário: a ByteDance, criadora do TikTok, estão testando um app do governo chinês que continua rastreando os usuários mesmo sem a permissão deles. O programa, batizado de CAID, foi desenvolvido pela Associação de Propaganda da China (CAA), que possui 2000 membros, e está sendo testado por outras gigantes de tecnologia chinesas, como a Tencent.

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Segundo o Financial Times, a ByteDance criou um guia de onze páginas para os desenvolvedores, se referindo ao CAID como “substituto para anunciantes que não tivessem acesso ao IDFA dos usuários”. A empresa confirmou que está testando a ferramenta, mas não comentou mais nada a respeito.

Embora a Apple possa detectar os apps que usam o CAID para rastrear os usuários, banir o TikTok (ou qualquer outro) da sua loja poderia criar conflito com o mercado chinês. “Eles não podem banir todos os apps na China”, afirma Zach Edwards, fundador da consultora de tecnologia, Victory Medium. “Se eles fizessem, isso levaria a uma série de ações que levariam a Apple a ser banida da China.”

No momento, a CAA está em comunicação com a Apple sobre uma abertura de exceção para o mercado chinês. A Associação afirma não ser contra as novas políticas de privacidade, e afirma que o CAID está em testes, não sendo aplicado formalmente.

Política de privacidade

A partir da atualização 14.5 do iOS, a Apple determinou que os apps de sua loja não rastreariam mais os usuários sem autorização. A decisão causou estardalhaço entre empresas como Google e Facebook, que construíram seu modelo de negócio sobre o rastreamento e venda de dados dos usuários. A expectativa é de que o TikTok também deixaria de rastrear os usuários, mas o app do governo chinês pode contornar a mudança.

Yang Congan, especialista da empresa de privacidade de dados chinesa Digital Union, acredita que o CAID contorna as regras da Apple ao deixar de fora “apenas” o usuário – e rastreando o resto. “Esta é a lacuna que as empresas terão para explorar”, afirma o consultor, que sugere que o foco em usuários é estritamente intencional.

Via Ars Technica

Imagem: Mikhail Nilov (Pexels)