Conhecer o funcionamento do próprio corpo pode ser uma ferramenta de empoderamento feminino. É determinante para prevenir ou estimular uma gravidez, por exemplo e, neste contexto, um estudo conduzido pelo site Trocando Fraldas constatou que 53% das brasileiras usam apps para controlar o ciclo menstrual.
O site ouviu mais de 6.100 mulheres em todo o país, entre os dias 29 de janeiro e 04 de fevereiro e descobriu que 52% das brasileiras quer engravidar neste ano, mas só 48% delas sabe reconhecer os sinais do período fértil.
O período fértil, por sua vez, é o momento do mês mais propício para a concepção. Em média, ele ocorre 14 dias após o início da menstruação e dura até sete dias. Mas, isso pode variar de mulher para mulher e, por isso, usar apps para acompanhar o ciclo menstrual se tornou a preferência de 60% das tentantes.
Dá para confiar?
Segundo o Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, o uso de apps para monitorar o ciclo menstrual e a ovulação pode ser útil, mas não é indicado universalmente.
O uso de apps como esse pode aumentar o estresse e a pressão psicológica das tentantes, que se sentem estigmatizadas e impotentes pela dificuldade na concepção.
Além disso, nem todos os apps para controle do ciclo menstrual passam por especialistas ou são padronizados, de acordo com estudo do British Medical Journal. Assim, eles podem ser usados como apoio, mas não como uma forma 100% confiável para predizer o momento certo de conceber.
Imagem: Andrea Piacquadio / Pexels / CC