Celular caiu na água e afogou: o que fazer e o que evitar? - Vida Celular

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Às vezes o acidente é inevitável: pode ser um banho de chuva inesperado, alguém que te empurra na piscina ou ainda o mais temido mergulho do smartphone novinho no vaso sanitário! E o que fazer nesses casos em que o aparelho se afoga em diferentes tipos de água? Chorar, caro leitor, não é necessariamente uma opção – até porque as lágrimas podem piorar a situação do seu aparelho.

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Depois da tela trincada, a queda do celular na água é o segundo maior problema enfrentado pelos usuários, e acredite, quanto mais tempo o aparelho passar em contato com o meio aquático, menores são as chances de ele sobreviver ao afogamento.

O que determina a sobrevivência do celular após cair na água são alguns itens importantes:

– o tempo de exposição ao líquido;

– o tipo de água (se a queda for ao mar, por exemplo, o sal e a maresia vão prejudicar mais o celular do que a água doce);

– a presença (ou não) de uma proteção do smartphone, uma vez que modelos mais novos e modernos contam com IP68, um padrão internacional de segurança, que indica que o produto foi testado a exaustão e é capaz de resistir à água, terra, poeira e areia.

Um papo sobre o tema

Conversamos com Fabiano Favero, gerente de produtos de telefonia da Multilaser. Ele diz que é possível recuperar um celular que afundou na água, mas “não é garantido, e depende de fatores como o tempo em que o produto permaneceu em contato com a água, da própria estrutura do aparelho ou até mesmo do procedimento que foi executado após o incidente.”

O que é preciso fazer

Não importa onde foi o contato com a água, a primeira coisa a ser feita é tirar o celular afogado do meio aquático e desligá-lo. Nas palavras de Fabiano Favero: “é literalmente uma corrida contra o tempo, mas o bom é que esse é realmente nosso primeiro impulso quando isso acontece.”

Caso ele esteja conectado na tomada e leve um banho d’água, por exemplo, existe uma questão de segurança. Favero recomenda desligar a chave geral (energia) da casa, e só então desconectar o aparelho. O próximo passo é remover capa, cartão de memória, chip e, se possível, a bateria. Ele recomenda atenção especial nesse processo: “retirar todas as partes removíveis, como capa protetora, bandeja do cartão de memória/SIM card, cartão de memória, SIM card e bateria (nos casos onde é possível).”

Quando o aparelho cai no vaso sanitário, muita gente pensa em dar um banhinho rápido embaixo da torneira da pia para mandar os germes embora. Se isso ocorreu com você: tire essa ideia da cabeça! Essa “higienização” poderá molhar partes que nem estavam úmidas e comprometer, para sempre, a vida do seu smartphone.

Se o vaso sanitário estava, digamos, cheio, remova a sujeira com papel antes de retirar os itens a serem higienizados. Lembre-se de que nem todo smartphone permite a remoção da bateria, mas não se preocupe: nem tudo está perdido.

Passe um pano limpo e seco em qualquer água que esteja visível no celular afogado. Evite lenços umedecidos desinfetantes – eles podem manchar a tela e o aparelho. Também é bom evitar aqueles paninhos e tecidos que soltam fiapos. “Cuidado com as fibras do pano ou mesmo o papel molhado, pois além de enroscar em certas partes eles podem entrar nas aberturas do aparelho”, lembra Favero.

O que evitar

Não tente ligar o seu smartphone enquanto ele ainda está com o interior molhado. Isso pode prejudicar os circuitos internos. Também não é indicado o uso de secador de cabelo para tentar evaporar a água, uma vez que o calor pode danificar os componentes eletrônicos do celular afogado. A melhor opção é levar o seu dispositivo para a assistência técnica, mas se você quiser tentar a sorte, é só continuar lendo.

O que mais pode ser feito?

Sabe o bom e velho truque do arroz? Pois é, seria uma ótima solução, mas infelizmente ele não funciona! O grão absorve a umidade, mas mesmo que o aparelho fique no arroz cru por horas e até dias, isso não deve ser o suficiente para salvar o smartphone do seu triste fim. Caso o afogamento tenha sido muito breve, você pode tentar a sorte com o arroz, mas não garantimos nada.

A sílica, que vem em alguns aparelhos eletrônicos em saquinhos bem pequenos, essa sim é uma boa opção para absorver a umidade do interior do aparelho. Favero recomenda o uso da silica por um período de 48 a 72 horas. “É aconselhável mudar a posição do aparelho algumas vezes. Se não tiver sílica gel (ou arroz) por perto, tente outros produtos absorventes como, por exemplo, areia para gato. Alguns até falam que a arei de gato funciona melhor que o arroz!”.

Caso alguma dessas medidas tenha dado certo, é chegado o momento de cruzar os dedos e ligar o aparelho. Alguns podem voltar a funcionar exatamente como antes. Vai da sorte e do tempo de exposição à umidade de cada um!

Se nada disso der resultado, a solução é levar o aparelho afogado na assistência técnica. Para quem quiser tentar a sorte e abrir o aparelho, com todo o cuidado, Favero avisa: “já existem no mercado kits de recuperação de eletrônicos, adequados pare esse tipo de incidente”.

Ações preventivas

É bastante comum que o celular afogado também pare de funcionar algumas semanas após o acidente, por conta da umidade que ficou no seu interior. Então, antes de celebrar a volta à vida, trate de fazer o backup de suas informações. Muitos aplicativos e modelos de smartphones já oferecem esse recurso nas configurações. Com um bom backup, você não perde contatos, fotos, aplicativos e até conversas nos apps de bate-papo.

Algumas empresas também oferecem seguro para smartphones e cobrem esse tipo de acidente. Para quem já vivenciou o afogamento do celular, pode ser um investimento que vale a pena! Vários planos que cobrem roubos de dispositivos, também cobrem outros danos.

Escolha bem o seu próximo celular

As empresas já sacaram que algumas situações podem ocorrer no dia a dia, como ser pego de surpresa por uma chuva de verão daquelas que o guarda-chuva não dá conta!

Por isso, alguns modelos, como os mais novos Samsung Galaxy e os iPhones desde a linha X até a 12 contam com classificação IP68, e assim, podem (na teoria) serem mergulhados em até 1,5 metros de profundidade por um tempo, e também são vedados contra poeira e areia.

Imagem: AlexandrBognat (iStock)