O Twitter anunciou nesta sexta-feira (08/01) que baniu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da plataforma. A expulsão de Trump acontece dois dias após uma invasão ao Capitólio, prédio do Congresso dos EUA, que resultou em cinco mortes.
Diz o aviso da empresa: “Após uma detalhada análise de tuítes recentes da conta @realDonaldTrump e do contexto em torno deles, suspendemos de forma permanente a conta devido ao risco de novas incitações à violência”.
After close review of recent Tweets from the @realDonaldTrump account and the context around them we have permanently suspended the account due to the risk of further incitement of violence.https://t.co/CBpE1I6j8Y
— Twitter Safety (@TwitterSafety) January 8, 2021
A péssima repercussão da invasão ao Capitólio dos EUA foi fundamental para que o Twitter banisse Trump. Uma multidão de supremacistas brancos, todos a favor do atual mandatário, ocupou o prédio do Congresso americano em protesto à certificação de Joe Biden como presidente eleito.
Inicialmente, o Twitter havia banido Trump de ter acesso à sua conta por 12 horas em razão de “graves violações” das regras do site. Durante a invasão, o atual presidente publicara mensagens alegando que as eleições haviam sido fraudadas, chamando os manifestantes de “patriotas”.
O Twitter já havia acenado que, caso Trump continuasse a publicar conteúdo enganoso, sua conta seria banida de forma permanente. Hoje, duas novas publicações acabaram levando à suspensão permanente. De acordo com o Twitter, as postagens “devem ser lidas no contexto de eventos mais amplos no país e as formas como as declarações do presidente podem ser mobilizadas, inclusive para incitar violência”. Para quem quiser olhar o arquivo de mensagens postadas na conta apagada, pode fazer isso no Trump Twitter Archive, um site que guarda todos.
A empresa acrescentou que os novos tuítes eram “altamente propensos a encorajar e inspirar pessoas a replicar atos criminosos no Capitólio”.
Funcionários já pediam expulsão de Trump
Ainda no início desta sexta-feira, mais de 300 funcionários no Twitter assinaram petição interna pedindo a expulsão de Trump. “Devemos examinar a cumplicidade do Twitter no que o presidente eleito Biden corretamente denominou de insurreição”, diz a carta. “Estes atos põem em risco o bem-estar dos Estados Unidos, de nossa empresa e nossos funcionários.”
A decisão do Twitter segue a do Facebook, que baniu Trump por tempo “indefinido”. De acordo com o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, os riscos “eram muito grandes” para manter ativa a conta do atual presidente americano.
Via The Verge
Imagem do destaque: Eric Yeich/Pexels