A Samsung lançou este ano um modelo do celular Galaxy S21 em comemoração às Olimpíadas de Tóquio 2020. Que, sabidamente, por conta das complicações da pandemia, estão ocorrendo agora, em julho de 2021.Isso é parte de uma longa tradição. Desde do ano de 1998, a empresa se tornou parceira dos Jogos Olímpicos, lançando telefones temáticos a cada edição do maior evento esportivo do planeta.
São mais de duas décadas de diferentes celulares da Samsung sendo apresentados sob o clima das Olimpíadas, normalmente em edições limitadas aos funcionários dos eventos, aos atletas e clientes dos países sede. Neste meio tempo, a evolução dos aparelhos foi profunda, como podemos conferir abaixo.
Sydney 2000: Samsung SGH-600
O celular Samsung SGH-600 foi lançado em 1999 e seu modelo celebrando o evento ocorrido no ano seguinte em Sydney, na Austrália, saiu com um pequeno logotipo olímpico na capa retrátil. O telefone trazia seu teclado físico escondido por um invólucro flip-down.
Sua bateria removível fazia o celular durar quase três dias em stand-by e sua tela oferecia impressionantes 96 x 32 pixels de resolução (em preto e branco). Dotado de todas as funções básicas de um aparelho daquela época, o SGH-600 conseguia armazenar até 100 contatos, tinha recurso de gravação de áudio e agenda. Sem muitos detalhes, a Samsung informa que foram um milhão de unidades vendidas do SGH-600, com mais dois milhões sendo exportadas.
Atenas 2004: Samsung SGH-i530
As Olimpíadas de 2004 foram realizadas na capital da Grécia, país de onde surgiram, e foram celebradas pela Samsung com o celular SGH-i530. Os aparelhos da edição vieram com a marca dos Jogos Olímpicos gravada na parte da frente, ao lado do nome da Samsung, e possuíam uma boa evolução em comparação com o modelo do evento anterior.
Sua tela principal já chegava com tudo, com 162 x 176 pixels de resolução e sensibilidade ao toque, enquanto que a tela externa oferecia 96 x 128 pixels. O sistema operacional PalmOS, próprio da Samsung, veio acompanhado por 32 MB de RAM e 32 MB de armazenamento interno (caberia algo como um álbum de músicas em formato mp3 aí). Sua bateria removível mantinha o aparelho vivo por até 96 horas em stand-by, ganhando mais que um dia do quanto podia aguentar o celular de Sydney. Além de recursos básicos, o telefone tirava fotos com sua magnífica câmera de 1 MP.
O celular trouxe uma versão inicial do serviço Wireless Olympic Works (WOW), onde os organizadores do evento se informavam em tempo real sobre cronogramas de jogos, resultados, clima e todos os detalhes relacionados. Não está claro como ou se houve lançamento comercial do SGH-i530 em sua edição olímpica.
Beijing 2008: Samsung SGH-i688
Na China, o SGH-i688 chegou sendo o primeiro celular Samsung sem teclado físico, mas ainda em formato flip, com uma edição voltada para celebrar as Olimpíadas, realizadas em Beijing no ano de 2008. A tela LCD de 2,8 polegadas com 320 x 240 pixels de resolução trouxe no engaste da parte de cima uma câmera selfie de 0,3 MP. Já a câmera traseira do telefone veio dotada de 3 MP.
O aparelho contava com 128 MB de armazenamento (já aumentando para uns três ou quatro álbuns de mp3 cabendo na memória, para a pessoa variar entre Rihanna, Vanessa da Mata e Katy Perry) e uma bateria que podia durar dez dias em stand-by, uma verdadeira potência em comparação com os que vieram em Atenas e Sydney. O telefone foi entregue a pelo menos 2 mil funcionários VIP, como parte dos dispositivos de comunicação oficiais, carregando a versão chinesa do sistema operacional Windows Mobile 6.0 e o serviço WOW. Este também foi o primeiro celular Samsung Olympic Edition a mover a marca de cinco anéis para a parte de trás do dispositivo, colocando-a ao lado do logotipo da Samsung.
Londres 2012: Galaxy S3
Em 2012, as Olimpíadas inglesas que ocorreram em Londres viram pela primeira vez um celular Galaxy S celebrando os jogos. O Galaxy S3 já apareceu rodando o Android, com uma tela HD de 4,8 polegadas, 2 GB de RAM, até 64 GB de armazenamento e uma bateria de 2100 mAh. Na frente, uma câmera de 1,9 MP era encontrada em um módulo circular, enquanto que atrás, havia uma câmera de 8 MP. O telefone trazia um botão Home físico, um recurso que já está bem fora de moda hoje em dia.
Na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos daquele ano, o Mr Bean (famoso personagem interpretado por Rowan Atkinson) foi visto usando o Galaxy S3, e a Samsung também deu dicas de como o celular poderia ser usado para pagamentos sem contato. Nenhuma versão do telefone com a marca olímpica foi vendida comercialmente, sendo entregues unidades a atletas e celebridades.
Este deve ter sido o caso de Donald Trump, que em 2017 contrariava o serviço secreto dos EUA e se mantinha usando o celular, cinco anos após o lançamento. A versão olímpica do Galaxy S3 tinha um enorme leão azul e vermelho “Team GB” na parte de trás.
Rio 2016: Galaxy S7 Edge
Para os Jogos Olímpicos que ocorreram aqui no Brasil, a Samsung trouxe o Galaxy S7 Edge, com sua tela curva FHD+ de 5,5 polegadas (que está também na mão de um dos atletas da delegação americana em nossa imagem de destaque). O celular celebrando o evento realizado na cidade do Rio de Janeiro estampa as cores dos anéis olímpicos na interface do sistema e também ao redor da carcaça. A Samsung produziu apenas 2.016 unidades do aparelho (remetendo ao ano da edição), que foram vendidas em cinco países: Brasil, EUA, China, Alemanha e Coreia do Sul. Por aqui, foi vendido na época por “módicos” R$ 4.500.
Além dessas unidades limitadas à venda, o celular foi distribuído para os atletas dos Jogos Olímpicos. A empresa também lançou um aplicativo com notícias e informações sobre as competições. Suas câmeras eram dotadas de 12 MP atrás e de 5 MP na frente, com a bateria tendo 3600 mAh de capacidade. O Exynos octa-core da carcaça do celular chegou rodando o Android 6, acompanhado de 4 GB de RAM e capacidade expansível para até 200 GB via microSD.
Tóquio 2020: Quase foi o Galaxy S20, mas foi o Galaxy S21
Chegamos a Tóquio, nas Olimpíadas de 2020 sendo realizadas em 2021, como falamos no começo. O Galaxy S20 Plus 5G Olympic Edition estava se aquecendo, carregando as mesmas especificações do S20 Plus original. Ou seja, era composto por uma tela FHD+ de 6,7 polegadas, quatro câmeras traseiras, uma bateria de 4500 mAh, um chipset Exynos 990, etc., em uma carcaça toda dourada, como vemos na imagem abaixo.
Porém, o momento delicado de pandemia exigiu a alteração do ano do evento… e do celular, que foi substituído pelo Galaxy S21. O smartphone é um modelo em um azul quase roxo, mais refinado, com uma saliência de câmera em bronze e um pequeno logotipo de anéis brancos na parte traseira.
Seguindo os padrões do Galaxy S21 original, o dispositivo tem uma tela de 6,2 polegadas, três câmeras traseiras, uma bateria de 4000 mAh e um chipset Snapdragon 888. O celular foi colocado à venda exclusivamente através da rede Docomo do Japão e só para os japoneses, sem existir uma opção Ultra.
Jogos de Inverno
Como falamos no começo, a Samsung iniciou sua parceria com os Jogos Olímpicos em 1998 e, com isso, também vem lançando celulares temáticos para os Jogos Olímpicos de Inverno. Como foi o caso do Galaxy Note 8 para o evento realizado em 2018, em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
Na linha do tempo feita pela empresa coreana sobre seus telefones na história das Olimpíadas, o primeiro celular temático estreou naquele final dos anos 90, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Nagano. O Samsung N206 que vemos na imagem acima foi distribuído para os organizadores e oficiais do evento realizado na cidade japonesa. Para o ano que vem, é muito possível que tenhamos um Galaxy S22 Olympic Edition como o celular dos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022.
Via TechRadar