Em janeiro deste ano, o Twitter baniu a conta do então ainda presidente Donald Trump e de outros perfis ligados a extrema direita, como aqueles que defendem o QAnon. A exclusão da conta de Trump gerou controvérsias e Jack Dorsey, CEO do Twitter, se pronunciou sobre a decisão em seu perfil pessoal. Após o banimento, muitos simpatizantes de Trump abandonaram a rede social e a acusaram de censura, mas nem isso impediu que o serviço continuasse crescendo e atingisse 192 milhões de usuários em 2020.
Mesmo com a revoada, o número de usuários continuou crescendo em janeiro – o mês em que Trump foi banido – e a rede social afirmou que o crescimento do número de usuários foi acima da média histórica dos últimos 4 anos. Os detalhes foram mostrados no relatório fiscal do quarto trimestre de 2020 do Twitter, que abrange dados de outubro a dezembro de 2020 e, apesar de o relatório não mostrar dados de janeiro, a rede social afirmou que deu mais detalhes por causa das “circunstâncias incomuns” de crescimento de usuários.
Além do ganho de usuários, o Twitter revelou que o rendimento total do quarto trimestre foi de US$ 1,29 bi, um aumento de 28% ano a ano, e que as conversas sobre a pandemia de COVID-19, as eleições dos Estados Unidos e outros eventos globais ajudaram no crescimento.
No entanto, nem tudo são flores para o microblog. Apesar de a saída de Trump e o banimento de contas de direita não terem causado um impacto direto, o Twitter afirmou que o crescimento previsto para 2021 será um pouco mais devagar, e a plataforma espera um crescimento de usuários de 20% nos primeiros meses de 2021, o que representa uma queda de 24% em relação a 2020. A rede social também aponta um aumento de gastos de 25% este ano, mas continua esperançosa de que os rendimentos serão maiores do que os gastos, afirmando que tudo dependerá da execução, do roteiro de respostas e de fatores macroeconômicos.
Via The Verge
Imagem: Rafapress/Shutterstock