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O presidente Donald Trump vai ceder seu lugar na Casa Branca para Joe Biden na próxima quarta (20/01). Mas, às vésperas de deixar o cargo, resolveu deixar mais uma lembrança de seu mandato, aumentado as sanções impostas à fabricante chinesa Huawei no país em uma nova – e provavelmente última – ação. O governo dos Estados Unidos informou a alguns fornecedores da Huawei, incluindo a Intel, a revogação de licenças de venda para a fabricante. Segundo fontes disseram à Agência Reuters, as sanções de Trump se estenderão a dezenas de outros aplicativos, que também serão proibidos de negociar com a Huawei.

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A Semiconductor Industry Association, por exemplo, informou ter sido notificada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. De acordo com um e-mail compartilhado com a Reuters junto ao órgão que representa as fabricantes de semicondutores do país, o governo “tem intenções de negar um número significativo de pedidos de licença de exportação para a Huawei, e a revogação de pelo menos uma licença emitida anteriormente”. A associação não disse, no entanto, qual seria essa licença em vias de ser cassada.

O atual cenário com as novas sanções de Trump contra a Huawei e as empresas fornecedoras de material para a fabricante chinesa teria causado um misto de preocupação e revolta, já que, ainda no mesmo e-mail, “após muitos meses à espera dos licenciamentos, lidar com negativas a menos de uma semana para o fim da administração seria um desafio”. O prazo para as empresas atingidas pelas decisões para recorrer é de 20 dias. Após esse período, o Departamento de Comércio tem 45 dias para anunciar qualquer alteração e, na sequência, as companhias afetadas terão um prazo igual para recorrer.

Governo Trump x Huawei

A batalha e as sanções da administração Trump contra a Huawei e outras empresas da China não é nova. A fabricante entrou na lista negra do governo dos Estados Unidos em maio de 2019, quando o Departamento de Comércio restringiu os fornecedores de vender peças e tecnologia dos Estados Unidos para ela – incluindo o Google. Desde então, o presidente, agora em vias de deixar o cargo, protagonizou uma verdadeira “caça às bruxas” em seu governo.

Entre as empresas também atingidas pelas sanções impostas por Trump e que fazem companhia para a Huawei na lista negra do governo dos Estados Unidos estão a SMIC, fabricante de chips, a CNOOC, produtora de petróleo, a ZTE, também fabricante de celulares, a ByteDance (proprietária do app TikTok) e, mais recentemente, a Xiaomi, listada junto com as outras como uma “companhia militar comunista”.

Segundo a agência Reuters, as sanções de Trump contra a Huawei e demais empresas chinesas deixaram aproximadamente US$ 120 bilhões (R$ 635 bilhões) em licenças de tecnologia suspensos, além de outros US$ 280 bi (R$ 1,48 tri) pedidos para bens e tecnologia pela Huawei em vias de serem negados.

A chegada de Joe Biden à Casa Branca também não garante tempos melhores para as companhias asiáticas. A mídia local já informou que o assunto não é tratado como prioridade, pelo menos para o início do mandato, o que indica que as sanções atuais (e as novas, se vierem até quarta-feira), deverão ser temporariamente mantidas.

Via Reuters

Imagem: Gerd Altmann/Pixabay/CC