A empresa americana Ikin afirma ter criado uma tecnologia capaz de transformar qualquer smartphone em um projetor de hologramas. A tela utilizaria realidade aumentada em aparelhos Android e iOS para a criação de imagens em 3D.
A possibilidade de projetar vídeos para fora da tela ou até mesmo de criar mensagens em vídeo como o holograma enviado pela Princesa Leia para Obi-Wan Kenobi em Star Wars, parece impossível para o imaginário coletivo. No entanto, esta realidade pode mudar em breve.
De acordo com Taylor Scott, fundador e CEO da Ikin, sua empresa está desenvolvendo uma plataforma capaz de potencializar o processamento dos smartphones para criar as imagens em 3D. Utilizando um jogo de lentes e um software para cálculos volumétricos, o dispositivo seria acoplado aos aparelhos celulares permitindo a visualização das imagens.
Ao contrário dos óculos de realidade aumentada ou de projetores que estamos acostumados a ver em grandes eventos, o sistema batizado de RYZ não exigirá que o usuário olhe através de uma lente para enxergar a projeção. Ela poderia ser usada em celulares ou tablets, e usaria inteligência artificial para calcular o ângulo de visão do usuário, e fazer os ajustes necessários para que o holograma fique perfeito.
Segundo a Ikin, será possível aumentar o tamanho das imagens e até interagir com o holograma por gestos, basta que o arquivo esteja armazenado na biblioteca de imagens AR ou 3D do seu smartphone.
No site da empresa é possível ver uma simulação do acessório funcionando com imagens renderizadas, no vídeo, o usuário interage aumentando das imagens apenas com o movimento dos dedos. A imagem aparenta ser em baixa resolução, mas a Ikin garante que a qualidade dos hologramas terá a mesma resolução da tela do smartphone conectado. Confira abaixo:
Chats em realidade aumentada
Apesar da criação do holograma depender da biblioteca de imagens AR do smartphone, o CEO da Ikin acredita que a tecnologia está apenas no começo e que em breve veremos chats totalmente em 3D. A promessa parece difícil. Atualmente, vemos dispositivos que até conseguem projetar imagens em apenas uma dimensão, como foi o caso das apresentações de Michael Jackson e Tupac há alguns anos.
No entanto, a Ikin garante que os usuários poderão visualizar a projeção de qualquer ângulo, no caso dos chats, por exemplo, seria possível deixar a imagem flutuando para que quatro pessoas a visualizem em cantos distintos da sala.
Para que isso realmente aconteça, a empresa também conta com a popularização das conexões 5G para os próximos anos, permitindo mais estabilidade na transmissão dos dados entre usuários. Scott projeta que no futuro também veremos a tecnologia associada ao entretenimento, com filmes e jogos pensados para hologramas com cenas e sequências que transcenderão a própria tela dos dispositivos.
Tecnologia busca por investidores
A Ikin promete apresentar o seu dispositivo ainda em 2021. A empresa levantou cerca de US$ 10 milhões (R$ 52 mi) no último ano, além de ter feito apresentações fechadas para investidores durante a CES 2021. De acordo com Scott, o projeto ainda precisa de US$ 13 milhões (R$ 67 mi) para tornar a produção em escala viável.
O objetivo é primeiro criar uma solução para aparelhos Android, depois para iOS e, no futuro, expandir a tecnologia para Macs e PCs. No site da empresa é possível preencher um formulário para se tornar um apoiador do projeto. Os investimentos começam em US$ 25 mil (R$ 130 mil).
Via Cnet