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O lançamento de um novo iPhone é sempre cercado de muitas expectativas. Espera-se da Apple que, como desde o primeiro iPhone, em 2008, o aparelho dite as tendências do mercado. Ao menos no quesito câmeras, parece que a tendência vai ter que esperar. De acordo com um respeitado analista, os iPhones não devem apresentar melhorias significativas nas câmeras até, pelo menos, 2023.

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Por razões práticas. De acordo com o relatório de Ming-Chi Kuo, isso se deve a uma disputa comercial entre as fabricantes de lentes Largan Precision e Genius Electronic Optical. Essa segunda é altamente dependente da Apple. A Largan estaria disposta a cortar o preço de seus sensores em pedidos grandes, colocando em risco a concorrente.

Isso deve começar a valer no iPhone 13, no qual a Largan irá fornecer motores para o foco das câmeras do aparelho. A companhia de Taiwan já trabalhava com a Apple, mas para o desenvolvimento de sensores de impressão digital. Agora, com o novo seguimento, a Genius estaria seriamente ameaçada.

Concorrência e custo

Com as duas empresas competindo, a Apple deve conseguir preços melhores com a competição entra essas empresas. Para isso, a fabricante do iPhone deve fazer pedidos grandes, garantindo a produção de lentes para mais de uma geração de seus smartphones.

Então, ainda segundo Kuo, a menos que alguma dessas empresas consiga desenvolver sensores realmente revolucionários, a Apple não deve implementar melhorias nas câmeras dos iPhones até, pelo menos, o ano de 2023.

Isso pode ser resultado de um previsto aumento no custo de produção dos iPhones. Embora aumentos de preço sejam previstos em qualquer novo modelo de celular, um estudo da Counterpoint descobriu que o iPhone 12 chega a custar 21% a mais para ser produzido do que seu antecessor.

Ou seja, isso significa uma significativa diferença de cerca de US$ 72, algo em torno de R$ 390. Como a linha foi lançada com preços idênticos à anterior (o Pro 11 e 12 custam US$ 999 e o Pro Max, US$ 1099), a Apple possivelmente está ganhando menos por celular.

Os maiores responsáveis dividem-se em três: a tela, os componentes que possibilitam a conexão 5G e aqueles produzidos pela própria Apple. Em relação à tela, a elevação de preços se justifica pela Apple ter optado pelo OLED no caso do iPhone 12, em detrimento do LCD do iPhone 11. Essa decisão custou US$ 25, equivalentes a R$ 135, a mais no custo de produção.

Via MacRumors