Como tradicionalmente acontece, a Samsung deve lançar a linha Galaxy S21 com duas versões, uma para mercados internacionais com seu novo processador Exynos 2100, e a outra, para o mercado dos EUA, com o Snapdragon 875, que será oficialmente apresentado no mês que vem pela Qualcomm. Apesar de rumores indicarem que o Exynos 2100 pode superar o seu rival Snapdragon 875 em desempenho, talvez seja cedo para avaliar. O resultado foi o exato oposto no caso do Galaxy S21, que apareceu no Geekbench com suas duas versões.
Resultados definitivos só com o lançamento
O Galaxy S21 com o novo Snapdragon 875 superou o dispositivo com Exynos 2100 tanto nos testes de núcleo único (1120 a 1038 pontos), quanto nos de múltiplos núcleos (3319 a 3060 pontos). O smartphone com processador Snapdragon foi visto no Geekbench com o nome SM-G996U. Enquanto isso, o dispositivo com Exynos tinha aparecido antes com o nome de SM-G996B.
Apesar disso, ainda não dá para afirmar que os resultados são definitivos. A razão é que os testes do Galaxy S21 com Exynos foram feitos há quase dois meses. Assim, é provável que o processador tenha sido um pouco melhorado desde então, como, aliás indicam as evidências do post citado acima. De qualquer forma, os resultados dão uma ponta de esperança para a Qualcomm, mesmo com a comparação inicial desfavorável.
Investimentos cada vez maiores
O que sabemos com certeza é que a Samsung vem investindo forte em sua linha de processadores. Os chips Exynos inclusive já são uma ótima fonte de renda por si só, já que a empresa está vendendo seus chips para outros fabricantes como Oppo, Xiaomi e Vivo, que vão usar esses chips em modelos de entrada.
No ano passado, a Samsung divulgou que pretendia investir US$ 116 bilhões ao longo dos próximos 10 anos para se tornar líder mundial em processadores. O investimento seria dividido em R&D (pesquisa e desenvolvimento) e infraestrutura de produção.
A concorrente Qualcomm não fica atrás, e só chegou no nível atual por sempre ter investido muito, não só em pesquisa e desenvolvimento, mas também na compra de empresas estratégicas. Um bom exemplo foi a compra da NXP Semiconductors por US$ 47 bilhões, mais de quatro anos atrás. Apesar de todo o esforço, ambas seguem sendo superadas pela rival Apple, mesmo em outro nicho por fabricar dispositivos com seu próprio sistema operacional.
Quem ganha nessa briga é o consumidor, que terá processadores melhores ao seu dispor. É claro que ele vai ter que pagar caro se quiser contar com a tecnologia mais avançada disponível, mas isso faz parte. De qualquer forma, com os investimentos, chips de entrada e intermediários também se tornarão mais eficientes e rápidos.
Créditos foto: OnLeaks/Voice.
Via SamMobile.