Um artigo recente publicado por pesquisadores da Universidade Purdue, localizada no estado americano de Indiana, tentou determinar quanta bateria o modo noturno economiza nos smartphones com tela OLED, parcela majoritária do mercado atualmente. Esse tipo de tela, aliás, foi escolhido não só por sua popularidade, mas também por proporcionar menor gasto de bateria de forma natural, graças ao seu próprio funcionamento.
Mas, é claro, a tela não faz isso sozinha. É necessário que os apps estejam devidamente otimizados para que o efeito econômico do OLED ocorra. Além disso, outro fator notavelmente impactante na bateria e que foi considerado na pesquisa é o brilho de tela. Faltava, então, testar como as diferentes variáveis se comportariam juntas.
Assim, o estudo escolheu seis apps populares, incluindo o Google Maps e o YouTube, para os testes. Também foram escolhidos smartphones com interfaces Android bem próximas ao Android original, como os celulares da série Pixel e o Moto Z3.
O que pôde ser concluído?
Os pesquisadores Pranab Dash e Yu Charlie Hu, responsáveis pelo artigo, concluíram que, sim, o modo noturno sempre economiza bateria de maneira eficiente. Entretanto, a quantidade de bateria economizada varia bastante de acordo com o brilho da tela. Por exemplo, com níveis de brilho de tela entre 30% e 50%, o modo noturno conseguiu reduzir em 9% o gasto total da bateria.
Mas foi com o brilho da tela no máximo, ou seja, em 100%, que o modo noturno realmente conseguiu surpreender. Segundo o estudo, nessa situação, a economia de bateria chega a 47% em média. Isso significa que ao usar o modo noturno em algum local bem iluminado, sua bateria pode durar até o dobro do que duraria com o modo noturno desligado.
Como pode ser visto acima, o consumo de energia varia bastante se o modo noturno estiver ligado ou não. A ferramenta usada para medir essa eficiência de bateria, aliás, foi desenvolvida pelos próprios pesquisadores e se chama Android Battery+. Segundo Dash e Hu, ela estará disponível em breve para que desenvolvedores possam estimar o gasto de energia dos seus apps e otimizá-los adequadamente.
Via Phone Arena
Imagem: Andrea Piacquadio/Pexels