Depois de toda a polêmica recente envolvendo a OnePlus e e a expulsão de alguns de seus celulares do Geekbench, o CEO da empresa chinesa finalmente se manifestou a respeito das críticas. Através do Twitter, Pete Lau afirmou ontem (12/07) que a OnePlus não otimiza seus aparelhos para atingirem bons resultados em testes, mas para sua performance real.
Além disso, o CEO da OnePlus compartilhou, no tweet, o link de uma resposta às críticas no site da empresa. Ao contrário do que era possível esperar, no entanto, a fabricante não negou as acusações levantadas contra ela. Nesse sentido, o texto serve mais como uma explicação dos motivos do que qualquer outra coisa.
I hope this clarifies some things: No, we don't optimize OnePlus phones for benchmarking scores. We optimize them for real use. https://t.co/4HOmhP9DrB
— Pete Lau (@PeteLau) July 12, 2021
Entretanto, vale relembrar rapidamente os pontos principais da controvérsia. Basicamente, a empresa foi acusada de restringir o processador da linha OnePlus 9, o potente Snapdragon 888, quando são utilizados apps populares, como o Google Chrome ou o Facebook.
A discrepância entre o chip dos celulares e seu desempenho real, então, fez com que o Geekbench os excluísse de sua base de dados alegando fraude. A hipótese mais provável, até então, afirmava que isso era poderia ser feito para poupar a bateria dos aparelhos, o que foi confirmado na resposta da fabricante.
Empresa explica suas motivações
A OnePlus, no texto compartilhado por seu CEO, iniciou sua resposta às críticas argumentando que muitos aplicativos não fazem jus ao processamento dos chips atuais. Isto é, segundo a empresa, a maioria dos aplicativos não exige um super processador e não limitar o poder de processamento nesse casos só reduziria a bateria, sem nenhum ganho em contrapartida.
Pelo contrário, aliás, já que a OnePlus afirma que a limitação colabora também para que os celulares não superaqueçam. Assim, de modo geral, a empresa compreende que a potência do processador deve sempre se adequar aos apps e às funções utilizados — assegurando, aliás, que tanto o OnePlus 9 quanto o 9 Pro cumprem efetivamente essa regra.
A fabricante de smartphones confirmou, além disso, que mantém uma lista de apps populares, a fim de priorizá-los em sua “otimização”. Foram citados, em conjunto aos apps da própria OnePlus, uma quantidade significativa de aplicativos: Google Chrome, Twitter, Zoom, WhatsApp, Facebook, Instagram, Snapchat, YouTube, Discord e Microsoft Office.
Resta saber, porém, se essa explicação será suficiente para trazer o OnePlus 9 e o 9 Pro de volta ao Geekbench. É provável que não. Alguns usuários responderam ao post no fórum da empresa afirmando que não se sentiram prejudicadas pela restrição dos processadores, além de elogiarem a transparência da empresa. Mas é possível pensar que talvez essa mesma transparência tenha faltado no lançamento dos modelos, ocorrido lá em março.