Na verdadeira guerra fria travada entre a China e a gestão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não sobrou apenas para a Huawei: TikTok e WeChat sofreram uma tentativa de banimento em um momento onde ao menos a rede de vídeos virais aumentava expressivamente sua popularidade no continente americano. A alegação foi que a operação destes serviços colocava em risco a segurança dos dados dos cidadãos.
Quando isto foi anunciado, Microsoft, Oracle, Walmart e outras começaram a dar lances para aquisição de boa parte dos negócios da ByteDance nas Américas, dona do app popular pelas dancinhas coreografadas. Isto, segundo a antiga gestão dos EUA, diminuiria suas preocupações, já que uma empresa americana estaria envolvida diretamente nas operações da plataforma. Como Donald Trump saiu do poder após uma eleição turbulenta, as conversas esfriaram pela possibilidade de Joe Biden desfazer esta ordem. E foi exatamente isso que aconteceu.
Ordem de banimento não chegou a ser implementada
O presidente dos Estados Unidos revogou a ordem de banimento do TikTok e WeChat no país. O que muda? Efetivamente, nada, pois ela não havia entrado em vigor. Foi uma preocupação mais interna das companhias envolvidas. Com o assunto zerado, porém, cresceu no país a preocupação com a interferência de agentes internos através de aplicativos, e por isto os Estados Unidos estão reforçando protocolos do Departamento de Comércio para, de forma abrangente, monitorar o mercado de software por lá.
A Huawei? Por enquanto nenhuma atualização neste tópico. Por mais que algumas restrições tenham sido afrouxadas para a Honor, esta outra chinesa ainda trabalha com duras restrições mercadológicas, não podendo usar o Android, por exemplo. Até por isto lançou o HarmonyOS, mas as dificuldades de emplacar seus produtos fora do mercado asiático têm levado ela a apostar mais em vestíveis. Recentemente a empresa confessou que o P50 vai atrasar em virtude das sanções sofridas.
Via Android Police
Imagem: konkarampelas/Pixabay