O Twitter hoje conta com o Spaces, seu próprio cantinho para veiculação de salas de áudio na plataforma de microblogs, mas as coisas quase tomaram uma outra direção. Segundo fontes da agência Bloomberg de notícias, o Twitter quis comprar o Clubhouse em dezembro de 2020, e cogitou fazer uma oferta de US$ 4 bilhões (R$ 22,52 bilhões, na conversão direta), mesmo com os problemas com privacidade do app de áudio.
As fontes pediram pelo anonimato por estarem muito próximas das supostas negociações — e também pelo fato de que a mera intenção de compra vinha sendo tratada como um assunto privado. Segundo elas, porém, as conversas parecem ter esfriado e ninguém sabe dizer se a ideia será retomada em algum momento.
Ainda segundo a Bloomberg, após conversas terem parado, o Clubhouse passou a avaliar se não seria mais conveniente buscar investimentos para levantar capital próximo do valor sugerido — algo que ainda não se concretizou.
É provável que qualquer conversa de aquisição do Clubhouse pelo Twitter esteja de fato encerrada. Desde o final de 2020, a rede social com a marca do passarinho vem trabalhando no Spaces, sua própria função de salas de áudio e criação de rádios online. Rumores indicam que o Facebook também estuda desenvolver uma solução similar. O mesmo vale para o LinkedIn (Microsoft) e o Slack (Salesforce), além do Spotify, segundo o Olhar Digital.
Enquanto isso, o Clubhouse vem crescendo em popularidade: desde a sua chegada em 2020, há pouco menos de um ano, o aplicativo de salas de áudio vem ganhando notoriedade o suficiente para assegurar sua posição como mais uma frente pela qual empresas podem conversar com seus públicos. Hoje, empresas como Pernod Ricard (do conhaque de mesmo nome), Restaurant Brands International (que supervisiona nomes como Burger King, Popeyes e Tim Hortons), além de atores e atrizes de Hollywood e influenciadores de outras redes sociais e empresas de tecnologia já fizeram ou estão fazendo suas próprias salas no app.