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Duas semanas depois de anunciar a ambiciosa meta de dobrar o faturamento até 2023, o diretor de produto e executivo do Twitter, Kayvon Beykpour, abriu o jogo sobre quais são os planos para o futuro da plataforma. Eles envolvem manter a saúde do tipo de conteúdo que veicula na rede social, a viabilidade de monetizar conteúdo pago em uma plataforma que nunca trabalhou com transações e, principalmente, manter os usuários fiéis à mudança.

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Kayvon, que já é diretor de produto do Twitter há três anos (um tempo recorde dentro da empresa), respondeu ao podcast do The Verge sobre a viabilização das grandes mudanças na plataforma. O executivo falou da lógica por detrás do Superfollows, como o Twitter Spaces não é só mais um Clubhouse e dos desafios de dividir a monetização com a Apple.

Prazos incertos

No que diz respeito aos prazos, o diretor de produto explica que, mesmo com metas absurdamente gigantescas, a plataforma ainda precisa ser super seletiva com o que implementar, já que cada recurso afeta o maior indicativo de retorno de investimento do Twitter, que é a quantidade de usuários diários:

(…) a parte do investimento é fácil. A parte de retorno é, basicamente, quanto impacto temos em comparação às métricas que mais importam? E como nós – e essa é a parte difícil – colocamos métricas desiguais lado a lado?

Kayvon explicou que parte das métricas que importam envolvem a “saúde” da plataforma, ou, basicamente, o quão tóxico um conteúdo é para ser veiculado e afetar outros usuários de permanecer nela ou não. E que hoje a rede social basicamente se divide entre escolher as mudanças imediatas, e administrar como isso afetará a cultura do usuário nos anos seguintes.

Mudando a casa

Quando perguntado sobre quais os planos de administrar conteúdo pago em uma plataforma que sempre conectou o usuário a seus interesses, o executivo não via isso como um problema. “(…) o objetivo não é que o Twitter lucre com isso. Nosso objetivo é que os criadores lucrem com isso.” Como em outras redes sociais, o desafio de pagar pela exclusividade fica por conta dos criadores de conteúdo, que escolherão quais conteúdos serão livres e quais não serão.

Parte do novo conteúdo pago, entretanto, irá em parte para as carteiras digitais de empresas como Google e Apple, que ficarão com até 30% do lucro. O Twitter não tem planos de construir um mercado próprio de transação digital, mais preocupado em viabilizar que criadores sejam pagos.

“Isso não é uma taxa de pedágio,” explica. “Há muito custo e esforço em construir esses ecossistemas que permitem aceitar pagamentos, e há muitos riscos e fraudes envolvidos em todo esse fluxo de serviço para estornos. Muito desse esforço é tirado de cima da gente.”

Planos para o Spaces

No que diz respeito ao Twitter Spaces, o executivo explicou que o plano da plataforma é não empurrar o uso da plataforma para uma estratégia de bater de frente com o Clubhouse. “Não acho que as redes sociais de áudio serão de um vencedor só,” ele diz. “Acredito que veremos muitas pessoas construindo à partir de uma mecânica que vai mudar para sempre como as pessoas se comunicam em plataformas digitais, o que é ótimo.”

Kayvon também acredita que a rede social de áudio do Twitter é diferente. Enquanto a maior parte das conversas no Clubhouse são salas lotadas e tratam de grandes assuntos, o Spaces tem recebido outra experiência. “A maior parte das salas tem dez pessoas ou menos; todas conversando sobre seus interesses, quaisquer que sejam.”

O diretor de produto ainda explicou que plataforma de áudio do Twitter era um recurso paralelo do Periscope que permitia conversas em áudio com zero latência – uma mecânica igual à do rival. Hoje, a plataforma está trabalhando em potencializar a moderação eficiente e de fornecer ferramentas para um conteúdo mais saudável.

Via The Verge

Imagem: Claudio Schwartz/Unsplash/CC