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Banido do território chinês no início de fevereiro, o Clubhouse, plataforma para bate-papos em áudio exclusiva para usuários de iOS, e que virou febre mundial, pode ganhar uma versão caseira. Os responsáveis pelo projeto seriam os mesmos criadores do TikTok. Duas fontes disseram à Agência Reuters que a ByteDance já iniciou o desenvolvimento da sua versão do app, que contaria com a simpatia e, claro, o aval do CEO da empresa, Zhang Yiming.

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O bloqueio do Clubhouse ocorreu depois que os usuários começaram a recorrer à plataforma para se informar, sem censura, sobre assuntos que o governo não gosta. Coisas como os campos de detenção em Xinjiang ou a independência de Hong Kong. Alguns cidadãos estariam, inclusive, pagando cerca de US$ 60 (R$ 334) por um convite às salas de bate-papo, que chegaram a reunir 700 pessoas em uma única sala no domingo, de acordo com o Financial Times.

Mais cópias

Além da ByteDance, outras empresas também estariam desenvolvendo cópias para que apps similares ao Clubhouse continuem funcionando no território chinês. Um deles é o Mi Talk, serviço desenvolvido pela Xiaomi Corp, e que na última semana já foi reconfigurado em uma plataforma de áudio exclusiva para convidados, direcionada para profissionais.

Lançado em 2013 com o objetivo de discutir videogames ou cantar músicas, o app Zhiya, da Lizhi Inc, pode ser outra opção de Clubhouse chinês. Ele chegou a ser cancelado pelo governo da China em 2019, mas reestabelecido após o CEO da empresa, Marco Lai, fazer as alterações solicitadas. Segundo o executivo, “há muito espaço para bate-papos em áudio na China sem se falar de política” (isto é: coisas que o governo não gosta que sejam ditas).

“Os adultos na China não gostam de expressar suas opiniões em público, fomos ensinados a ser discretos desde que éramos jovens. Uma boa abordagem na China, porém, é o entretenimento, você convida todos para se divertirem”, pontuou. A diversão, no entanto, não contempla política, como Marco Lai explicou, e outros temas considerados sensíveis no país. Além de questões políticas, pornografia.

Via Business Insider

Imagem: William Krause/Unsplash/CC