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Uma semana após Trump aumentar o nível de sanções contra a Huawei, chegam informações sobre a fabricante estar disposta a vender suas séries P e Mate. De acordo com a apuração da agência Reuters, movimentações nesse sentido já estão ocorrendo desde setembro de 2020. Um consórcio liderado por firmas de investimento apoiadas pelo governo chinês seria o possível comprador, em uma negociação semelhante à que aconteceu com a marca Honor.

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Os smartphones de primeira linha da empresa já têm encontrado complicações para se manterem em atividade. Boa parte em virtude dos chips Kirin, que se tornaram bastante escassos para a empresa diante da proibição dos fornecedores venderem peças e tecnologia dos EUA para a fabricante da China. A divisão HiSilicon, da Huawei, depende de software de empresas americanas para projetar seus chips e terceiriza a produção para a TSMC, que usa equipamentos de empresas americanas.

Fugindo das sanções

Ainda é bastante incerta uma alteração nos movimentos de mercado diante do cenário de guerra comercial. A Huawei pode não encontrar tanta tranquilidade com a troca de Trump por Biden e suas atividades no mercado de smartphones poderão permanecer encontrando obstáculos consideráveis nos próximos dias. Uma negociação aos moldes do que aconteceu com a Honor pode ser uma solução bem viável, tendo em vista os negócios que a ex-subsidiária da Huawei vem construindo ultimamente.

Segundo a consultoria IDC, um importante fornecedor global de inteligência de mercado, as séries Mate e P da Huawei alcançaram US$ 39,7 bilhões entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020. Um valor importante que também justifica um possível interesse do governo chinês em participar de uma solução para a fabricante e suas marcas. Entretanto, segundo o site Reuters, o governo da China disse não estar ciente da situação, e um porta-voz da empresa afirmou que a Huawei não tem esse plano.

De qualquer forma, as informações trazidas também dão conta de que, em se concretizando a negociação, a Huawei deverá manter sua atual equipe de gerenciamento após vender suas séries P e Mate na nova entidade. As duas marcas foram responsáveis por quase 40% das vendas totais da fabricante no último trimestre de 2020, segundo a Counterpoint, outra empresa importante nas métricas de mercado global.

Via Reuters