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Após ser banida pelo serviço de hospedagem da Amazon (o que gerou uma ação judicial contra a empresa) e das lojas de apps da Apple e do Google, o Parler retornou parcialmente no domingo (17/01), mas sua volta aconteceu através de uma empresa russa envolvida com sites neonazistas.

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Uma rede social que se intitula neutra e protetora da liberdade de expressão, o Parler passou a ganhar popularidade entre americanos de extrema-direita após plataformas como o YouTube e Twitter banirem conteúdos classificados como desinformação ou fake news. Até mesmo o atual presidente americano Donald Trump cogitou criar uma conta na plataforma de modo sigiloso, com o nome ‘Pessoa X’, após seu banimento do Twitter.

Parler de volta, mas a que custo?
tela inicial do parler após seu retorno

Tela inicial do Parler após seu retorno nesse domingo (17). Fonte: Reprodução

Em seu retorno, o Parler mostrou apenas com uma página estática com uma nota de seu CEO, John Matze. A nota informa que a rede social está passando por “dificuldades técnicas”.

De acordo com o endereço IP da rede social é propriedade da empresa DDos-Guard, comandada por dois russos, mas com sede na Escócia. Além do Parler, a empresa russa já teve como clientes sites de neonazistas e teóricos da conspiração.

Um deles é o 8kun (anteriormente conhecido como 8chan), um dos mais conhecidos entre a extrema-direita e teóricos da conspiração como os QAnon, que estiveram presentes na invasão ao Capitólio no dia 06/01. Inclusive, o site foi uma das plataformas usada para organizar e mobilizar pessoas para a invasão, assim como o próprio Parler.

Por outro lado, a empresa russa declara ter cortado laços com a empresa VanwaTech, que seria a real provedora de hospedagem para o 8kun. Em entrevista ao The Guardian, um dos seus fundadores, Evgeniy Marchenko, declarou que não prestava serviços diretamente ao 8kun e sim para a VanwaTech. A VanwaTech é quem estava oferecendo serviços de hospedagem ao 8kun, de acordo com a declaração.

O que é o DDoS-Guard?

O DDoS-Guard é uma empresa russa de segurança digital e hospedagem, especializada em proteger sites contra os ataques de negação de serviço (denial-of-service attack). Apesar disso, seu envolvimento passado com sites neonazistas e a aparente ligação com o Parler podem indicar outros tipos de serviços. Vale mencionar que, até hoje, estima-se que houve envolvimento de empresas russas na eleição do presidente Donald Trump.

Os fundadores do DDoS-Guard se defendem da acusação de sua ligação com o 8kun, usando o argumento de que eles prestam serviços de proteção digital. De outro modo, o endereço IP atual da rede social indica serem eles os provedores da rede social, o que pode significar uma relação direta entre o Parler a empresa russa, que possui uma parcela considerável de neonazistas como usuários.

A novidade não chega a ser inesperada, considerando que o CEO do Parler já havia mencionado em uma entrevista que estava conversando com diversos provedores de hospedagem. O executivo ainda adicionou que espera que sua rede social volte a estar operacional até o final do mês.

Via Business Insider

Imagem: BackyardProduction (iStock)