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A Amazon segue na mira da justiça e está sendo processada (de novo) em casa. Desta vez é acusada de “inflar” em até 30% os preços dos ebooks. Na última quinta-feira (14) três consumidores de diferentes estados americanos entraram com um mesmo processo no Tribunal  do Distrito Sul de Nova York, registrado sob o número 1: 21-cv-00351.

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A ação coletiva, tem como autores Shannon Fremgen (Texas), Christopherson-Juvee (Arizona) e Denise DeLeon (Iowa) que compraram ebooks por meio de plataformas de varejo como Amazon, Barnes & Noble, Kobo e Apple Books.

A ação é extensiva a “todas as pessoas que em/ou após 14 de janeiro de 2017, compraram nos Estados Unidos, um ou mais ebooks vendidos pelas cinco maiores editoras por meio de qualquer outro canal de comércio eletrônico de varejo, exceto pela Amazon”.

O caso

A alegação é de que a Amazon negociou acordos anticompetitivos com a participação das cinco maiores editoras dos Estados Unidos: Hachette, HarperCollins, Macmillan, Penguin  e Simon & Schuster. O objetivo foi aumentar o valor dos ebooks, estabelecendo uma fixação de preços, além de supostamente usar de suas relações para prejudicar a concorrência.

Na ação coletiva foi pedido que a Amazon e as Cinco Grandes sejam forçadas a abandonar a prática de acordos anticompetitivos além de reembolsar todos os consumidores que foram cobrados a mais por concorrentes da Amazon como resultado da suposta fixação de preços dos ebooks. Por enquanto nem a Amazon, tampouco as editoras deram qualquer declaração a respeito do processos.

Estratégias  da Amazon

Segundo consta no processo, uma das maneiras adotadas pela Amazon para aumentar os custos de venda de ebooks, foi vinculando seus serviços de distribuição. Ou seja, “ajudando” os clientes a encontrar e comprar ebooks na plataforma Amazon.com com seus serviços de publicidade. Segundo a acusação, a Amazon só sugeria como opções aos clientes títulos dos catálogos das Cinco Grandes.

Além disso a Amazon também é acusada de manipular sua própria plataforma para tornar os livros de uma determinada editora mais difíceis de encontrar, a menos que a editora comprasse publicidade na Amazon.

Mesmo em meio a processos judiciais e enfrentando investigações do Comitê Judiciário da Câmara dos EUA, desde 2019, a Amazon segue dominando 90% do mercado de ebooks por lá, operando com 16 editoras em 9 escritórios em todo o mundo, publicando cerca de 1.100 títulos por ano (Amazon Publishing), tendo pelo menos 36 de seus autores vendendo um milhão de livros ao ano, além de ser a detentora da Amazon Crossing, a maior editora de ficção traduzida dos Estados Unidos, cujo mercado consumidor cresce a cada ano.

Via Business Insider
Imagem: Sundry Photography/iStock