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Um novo estudo sugere que uma mudança causada no feed do Facebook pode interferir nas eleições do Senado americano. Com a retirada das restrições, a plataforma estaria favorecendo a entrega de propaganda eleitoral em relação ao conteúdo de portais de notícias confiáveis para usuários da Geórgia. O estado norte-americano escolherá dois senadores nesta terça-feira (05/01), e essa disputa pode definir qual dos dois partidos terá a maioria no Senado dos EUA.

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Recentemente, o Facebook comunicou que não permitiria mais a criação de anúncios políticos em sua plataforma. O objetivo inicial era evitar a polarização partidária e a propagação de fake news durante o período de apuração dos votos presidenciais nos Estados Unidos. No entanto, a rede social recuou em sua decisão permitindo a exibição de conteúdo relacionado aos candidatos em seu feed, e isso pode influenciar o resultado das eleições para senadores na Geórgia, que acontecem de maneira antecipada desde 14 de dezembro de 2020.

De acordo com a agência de jornalismo investigativo Markup, esta medida teria causado uma mudança no feed dos usuários do Facebook no estado, que passaram a receber mais conteúdo relacionado aos candidatos ao Senado e menos informações de páginas de portais e outros veículos de notícias. Para estudar o impacto da mudança, a agência pagou para 58 usuários do Facebook fornecerem dados sobre o conteúdo que apareceu nas semanas que antecederam as eleições em suas timelines.

O resultado mostrou que páginas de portais de notícias como o The Wall Street Journal e CNN passaram a aparecer menos vezes, enquanto as publicações pagas dos candidatos aumentaram. Além disso, a pesquisa identificou que o Facebook também teria permitido a veiculação de anúncios contendo afirmações falsas sobre outros candidatos. A equipe de campanha do Senador Republicano David Perdue teria impulsionado cerca de US$ 25 mil (aproximadamente R$ 130 mil) em uma publicação que sugere que o seu oponente Jon Ossof, do partido Democrata, seria um aliado da China que recebeu pagamentos em troca de informações sobre a segurança nacional.

A verde é que Jon Ossof, que também é documentarista, recebeu dinheiro de empresas chinesas, mas pela exibição de dois dos seus filmes sobre a África em cinemas de Hong Kong.

Facebook é acusado de práticas antitruste

Democratas possuem 48 cadeiras em relação às 52 ocupadas por republicanos no Senado, de modo que as eleições da Geórgia podem garantir o equilíbrio nas decisões do Senado americano pelos próximos quatro anos. Assim, se forem comprovadas, a mudança no conteúdo do feed dos eleitores coloca novamente o Facebook em uma péssima posição em relação aos governantes.

Atualmente, a rede social sofre uma ação contra 48 estados americanos que acusam o grupo de Mark Zuckerberg por práticas de antitruste que limitam a concorrência de empresas e garantem o monopólio de mercado. Os estados querem o desmonte de suas empresas, separando o Facebook do Instagram e WhatsApp.

Além disso, a rede social também é acusada pela forma como lidou com anúncios políticos e fake News nas eleições presidenciais de 2016, quando os dados de milhares de usuários foram vazados interferindo na escolha de Donald Trump.

Apesar de outras redes como o Twitter e o YouTube terem proibido totalmente os anúncios de campanha, Zuckerberg declarou para investidores que a suspensão dos anúncios estaria ferindo o direito de liberdade de expressão dos americanos.

Via The Verge
Foto: Pexels/Thought Catalog