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Um “clique” realizado pela estudante de Artes Regina Valkenborgh em 2012 terminou apenas em setembro de 2020. 8 anos e 1 mês depois. Esse é registro da fotografia com mais longa exposição da história. E foi feito sem nenhuma tecnologia de ponta, como as encontradas nos smartphones modernos, e que geram imagens cinematográficas. A “máquina” em questão é uma lata de cerveja, uma câmera sem lente (pinhole), só um buraco com papel fotográfico atrás. E o “clique” é descobrir o buraco, protegido com uma fita ou o proverbial dedão na montagem.

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Para quem não conhece os termos de fotografia: exposição é o tempo em que o filme, ou o CCD de uma máquina digital, recebe luz. Quanto mais longa, mais marcada (e clara) fica a imagem. Por exemplo, aquelas famosas fotos “laser” na cidade são simplesmente imagens de longa exposição registrando o movimento de carros ao longo do período em que a câmera recebe luz (entre segundos a horas).

No que deu?

E o resultado ficou impressionante. Em uma postagem no Twitter, o Observatório da Universidade de Hertfordshire, local em que trabalha o diretor técnico David Campbell, responsável pela descoberta da câmera abandonada, expôs o resultado da fotografia de exposição mais longa da história. Ela apresenta 2.953 trilhas arqueadas do sol, resultantes das imagens capturadas enquanto o corpo celeste nascia e se punha entre o verão e o inverno inglês ao longo de 97 meses.

Tirar uma fotografia assim não demanda recursos tecnológicos, zoom óptico, sensor macro ou demais especificações de ponta hoje comuns em celulares das mais variadas marcas. A técnica é usada para mostrar a passagem do tempo em uma mesma cena, e exige apenas que o obturador da câmera (ou buraco na latinha) fique aberto por um período extenso.

O recurso é utilizado de forma mais comum em fotos de paisagens ou, como foi o caso da descoberta pelo Observatório da Universidade de Hertfordshire, do espaço (a câmera foi colocada pela estudante em um dos telescópios do local). As fotografias de longa exposição costumam registrar nas imagens apenas objetos estáticos ou muito lentos. Os que estão em movimento rápido acabam sendo perdidos pelos cliques do obturador.

Ao comentar a beleza das imagens captadas por seu looooongo “clique”, Regina Valkenborgh, em comunicado oficial, simplificou o feito e disse que foi apenas “um golpe de sorte”. Antes de Regina, a foto de exposição mais longa da história havia sido tirada pelo artista alemão Michael Wesel, com o registro captando imagens por 4 anos e 8 meses. Um outro registro, bem menos longo, de “apenas” 6 meses, foi obtido no próprio Observatório de Hertfordshire, em 2011, mas não foi divulgado, certamente por não ter sido tão impressionante quanto o atual.

Via Pocket Lint