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As redes sociais se tornaram fonte de informação relevante para grande parte da população. O Twitter é uma das plataformas mais usadas e, por isso, uma das que mais propaga fake news através de seus usuários em todo o mundo.

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A divulgação de desinformação na rede social foi tema de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, que desenvolveram um sistema de inteligência artificial (AI) para detectar usuários que espalham as notícias falsas.

Por que alguém faz isso?

Estudos prévios apontam que há fatores psicológicos positivos na propagação de fake news. Em outras palavras, quem repassa a desinformação se sente confiante on-line, relevante, tem medo de perder, entre outras características.

A orientação política e religiosa também faz diferença e os temas tendem a ser frequentes em suas postagens de fake news no Twitter. Segundo Dr. Nikos Aletras, professor de Processamento de Linguagem Natural da universidade e co-autor do estudo, a correlação entre o uso de linguagem indelicada e a disseminação de fake news no Twitter pode ser atribuída “à alta hostilidade política on-line” e pessoas favoráveis à direita são os que mais repassam desinformação nas redes sociais.

Por outro lado, a AI dos pesquisadores britânicos aponta que pessoas confiáveis tendem a falar mais sobre as suas vidas pessoais na rede social.

Estudo intenso

Para chegar a essas conclusões, a equipe do Dr. Aletras analisou mais de um milhão de tweets e cerca de 6.200 perfis de usuários do Twitter, além de traçar uma estratégia para determinar fontes confiáveis e não confiáveis a fim de treinar a AI.

O início da pesquisa coletou postagens de contas de mídias de notícias que foram classificadas como confiáveis ou enganosas e divididas em quatro categorias: sátira, propaganda, boato e clickbait (isca de cliques).

Os posts foram filtrados para remover aqueles que são realmente satíricos, os confiáveis (251 perfis, como BBC e Reuters) e os enganosos (159 contas, como Infowars e Disclose.tv).

Após essa triagem, os pesquisadores passaram a avaliar os perfis de usuários que replicavam as postagens, a linguagem utilizada e a frequência com que propagavam as fake news. Dessa forma, criaram os parâmetros da AI, que segue o modelo neural T-BERT e prevê, com precisão de 79,7% se um usuário fará um post de fake news no futuro.

A linguagem

Segundo os pesquisadores, pessoas que costumam espalhar fake news no Twitter tendem a usar mais palavras como “governo”, “mídia”, “guerra”, “Israel”, “Islam” e “liberal”.

Por outro lado, pessoas com tweets confiáveis associam emoções e interações sociais em seus posts, usando palavras como “humor”, “desejo”, “mãe”, “escola” e “aniversário”.

O estudo pode ser lido no site da Peer J.

Foto: Yan / Pexels / CC.

Via The Next Web.