A Qualcomm conseguiu uma liberação do governo dos Estados Unidos para voltar a vender chips para a Huawei. No entanto, o negócio parece estar indo por água a baixo, já que uma cláusula nesse acordo diz que a companhia americana pode apenas fornecer chips 4G para a chinesa.
O problema nesse caso é que a Huawei parece não estar muito interessada nos chips 4G da Qualcomm. Um fornecedor da chinesa disse para o site taiwanês ITN que “Se a Qualcomm está disponível, aceitaremos a opção”, no entanto ressaltou que a companhia deve recorrer a outras empresas também.
Fabricantes como AMD, Intel e Sony conseguiram autorização para fornecer chips para a Huawei, no entanto, alguns desses acordos possui cláusulas específicas, como o caso do 4G para a Qualcomm.
Guerra comercial
Isso é crucial pois, atualmente um dos pilares da guerra comercial entre China e Estados Unidos é a tecnologia 5G. A maioria das empresas sublocam a fabricação de chips para a TSMC, a fabricante de chips mais avançada do mundo.
No entanto, apesar de ser de Taiwan, a TSMC usa tecnologia americana em seu processo de fabricação de chips. A proibição dos EUA também acaba impedindo a TSMC de usar essas tecnologias para a Huawei. A cláusula no acordo com a Qualcomm é justamente para manter isso.
A chinesa vem travando uma grande batalha judicial contra os EUA. Diversas empresas norte-americanas colocaram restrições. Incluindo o Google, que limitou os serviços do Android nos aparelhos da marca. Apesar disso, a companhia espera conseguir rever um pouco a situação com a derrota de Donald Trump nas eleições americanas.
A Huawei é acusada pelos EUA de espionar países do ocidente a serviço do governo chinês. Pressões da Casa Branca já fizeram com que a companhia fosse barrada do 5G em países da Europa, como França e Reino Unido. A disputa pela compra de chips da Qualcomm é apenas mais um capítulo.
Via Gizchina