É guerra! Hoje, senadores pró-Donald Trump vieram a público atacar os executivos do Facebook e do Twitter, alegando que as plataformas têm mais poder do que a mídia tradicional. Os chamados trumpistas alegaram que o Facebook e o Twitter têm preconceito anti-conservador e censuraram o presidente Trump e seus aliados durante as eleições norte-americanas.
A questão, como mostra a reportagem da Reuters, está sendo discutida no Congresso nacional, onde Jack Dorsey, CEO do Twitter, e Mark Zuckerberg, CEO do Facebook tiveram que justificar e defender a moderação de conteúdo. Isso aconteceu porque ambas as redes sociais optaram por bloquear histórias do jornal The New York Post que faziam afirmações sobre o filho do então candidato Joe Biden. Os dois CEOs admitiram que cometeram alguns erros, mas defenderam as suas políticas contra fake news.
Políticas internas
Outra polêmica levantada durante a audiência diz respeito a uma live feita pelo ex-conselheiro de Donald Trump, Steve Bannon. Durante a tal live, ele sugeriu a decapitação de dois altos funcionários do governo norte-americano. Questionado pelo senador democrata Richard Blumenthal se Bannon deveria ser banido das redes sociais, Zuckerberg foi categórico que não: “isso não é o que nossas políticas sugerem que devemos fazer neste caso”. Além disso, a Alphabet (dona do YouTube) foi criticada pelo mesmo senador por não ter feito a moderação de conteúdos falsos.
Ameaças
Incomodados com o que chamaram de edição realizada pelas duas redes, diversos apoiadores do presidente derrotado nas eleições norte-americanas ameaçaram tirar as proteções para empresas donas de redes sociais, a Seção 230, que protege essas empresas de serem processadas pelos conteúdos divulgados pelos usuários. A polêmica sobre essa legislação começou quando Donald Trump ameaçou regular discursos em redes sociais, possivelmente até com uma ordem presidencial.
“Quando você tem empresas que têm o poder do governo, têm muito mais poder do que os meios de comunicação tradicionais, algo tem que ceder”, afirmou o presidente do comitê judiciário Lindsey Graham. Mesmo com o discurso agressivo, Mark Zuckerberg e Jack Dorsey disseram estarem abertos a algumas reformas na legislação.