O Twitter admitiu nesta terça-feira (3/8) que verificou por engano uma conta de paródia que se passava pelo escritor americano Cormac McCarthy, autor de obras como A Estrada, de 2006, que deu origem a filme homônimo com Viggo Mortensen, em 2009. De acordo com a rede social, o engano já foi corrigido.
De acordo com o agente de CorMac McCarthy, o autor de 88 anos não possui nenhum perfil na rede social. Mesmo assim, a @CormacMcCrthy ganhou um selo de verificado do Twitter por fazer publicações satirizando assuntos que dificilmente uma figura assim se interessaria por, como kombuchá e o SoundCloud.
Em nota oficial, o Twitter declarou: “A conta mencionada foi verificada por engano e, desde então, foi revertida. A conta também deverá aderir às normas de contas de paródias, feed de notícias, comentários e fã-clubes do Twitter”.
O Twitter possui normas específicas para contas assim, exigindo que o perfil destaque em sua bio que claramente não é o usuário afiliado ao assunto da conta. Além disso, o nome do usuário também deve ter alguma diferenciação do nome da pessoa parodiada. O administrador do perfil que parodiava o autor no Twitter afirma que a certificação da conta foi concedida espontaneamente pela rede social, sem que ele a tenha requerido.
Não foi, aliás, a primeira conta verificada dele: em 2012, outra conta falsa do mesmo escritor havia ganhado o selinho oficial.
Polêmica nas verificações
O sistema de verificação de contas do Twitter é frequentemente criticado pela comunidade por não ter regras claras sobre quem deve ou não ser certificado com o selo de autenticidade da rede social.
Além de trazer popularidade dentro da comunidade, o selo é uma garantia que o conteúdo abordado pelo perfil tem relevância, sendo importante para artistas, produtores de conteúdo, jornalistas, políticos e pesquisadores. O Twitter chegou a suspender as verificações por um tempo, enquanto ajustava estes critérios, mas aparentemente os problemas não foram solucionados. No mês passado, ao menos três bots que publicavam informações falsas na rede foram verificados pela plataforma.
Via The Guardian
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