Procon de São Paulo quer proibir que apps de delivery cobrem pagamento na entrega - Vida Celular

Vida Celular

Tudo sobre os melhores celulares

Nós do Vida Celular e nossos parceiros utilizamos cookies, localStorage e outras tecnologias semelhantes para personalizar conteúdo, anúncios, recursos de mídia social, análise de tráfego e melhorar sua experiência neste site, de acordo com nossos Termos de Uso e Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

Levando em conta denúncias de fraudes com pagamento de pedidos feitos aos apps de delivery, nas quais o entregador mal intencionado cobra o valor errado, o Procon-SP anunciou nesta sexta-feira (30/07) a intenção criar uma medida que pode gera polêmica. O órgão fiscalizador quer proibir que os pagamentos dos pedidos sejam feitos no ato da entrega do produto.

publicidade

Ou seja: para usufruir da comodidade do delivery, o consumidor terá, obrigatoriamente, que concretizar a transação por meio da própria plataforma, realizando a quitação online (a exceção fica para pagamentos em dinheiro, mas esses não são aceitos por alguns estabelecimentos).

“Diante da explosão de golpes aplicados na entrega de mercadorias por delivery, o Procon estuda medidas para que as empresas proíbam qualquer tipo de cobrança por cartão no ato da entrega. O órgão já vem orientando os consumidores a efetuarem os pagamentos de forma online e nunca no momento da entrega, de modo que o contato entre cliente e entregador seja exclusivamente para receber a mercadoria”, justificou Fernando Capez, diretor-executivo do Procon.

Números altos e novo golpe

De acordo com o Procon, proibir o pagamento presencial, via cartão, aos serviços de delivery ganhou relevância com base nos números e nos golpes mais recentes denunciados pelos consumidores. O órgão informou que registrou um aumento de mais de 136% nas reclamações sobre golpes aplicados por entregadores de apps de comida.

De janeiro a julho deste ano, de acordo com o Procon, foram registrados 341 atendimentos contra as empresas iFood, Rappi e Uber Eats, contra 144 no ano passado. Até o mês de julho deste ano, o iFood teve 123 reclamações, o Rappi 124 e o Uber Eats, 94.

Os valores reclamados pelos consumidores também são altos, e ultrapassam R$ 1,3 milhão. Até julho deste ano, a soma dos valores foi de mais de R$ 650 mil reais, sendo R$ 289 mil do iFood, R$ 253 mil do Rappi e R$ 110 mil do Uber Eats. E um novo golpe parece ter sido o estopim para a intenção da nova regra.

O Procon divulgou um vídeo (acima) que ilustra uma denúncia recente. Ele foi baseado na história de uma consumidora que acabou tendo a frente e o verso do cartão filmado pelo entregador, que ofereceu para iluminar o local, escuro, no momento do pagamento, e acabou se aproveitando para cometer a fraude.

Dicas para se proteger

Enquanto a nova determinação do Procon não entra em vigor, o órgão divulgou algumas dicas que podem ajudar o consumidor a se proteger no momento de fazer o pagamento aos prestadores de serviço de empresas de delivery. Vamos a elas:

  • Conferir o valor da compra e, de preferência, pagar somente no aplicativo.
  • Nunca entregar o cartão.
  • Não utilizar máquina com o visor quebrado ou que não permita a leitura dos dados.
  • Não passar os seus dados por telefone.
  • Desconfiar caso o entregador informe que é necessário pagar algum valor extra.

Segundo o Procon, em caso de dúvida ou ocorrência diferente, o consumidor deve entrar em contato com o local em que pediu a comida.

Imagem: Norma Mortenson/Pixabay/CC