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O engenheiro de software do Google Chrome, Alex Russell, fez críticas ao Safari, browser padrão da Apple, e seu motor de layout WebKit. Em duro tom, Russell disse que os navegadores utilizados pelo iOS são “excepcionalmente fracos” em comparação a motores de renderização contemporâneos como o Chromium, do Google. O texto foi publicado na última sexta-feira (30/04), com atualização no domingo, no Infrequently Noted, seu blog pessoal.

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Atualmente, a Apple impõe aos desenvolvedores no iOS a adoção do WebKit como motor padrão para browsers. Mesmo o Google Chrome, por exemplo, é forçado a incorporar esse mecanismo. Por conta disso, Russell deduz que, além de restringir a implementação de recursos ao WebKit, a empresa de Cupertino acaba freando o desenvolvimento de “categorias inteiras de experiências” na web. Em outras palavras, a Apple limita de forma deliberada a inovação de jogos e programas, entre outros produtos criativos, na internet.

“O browser da Apple no iOS (Safari) e seu motor (WebKit) são excepcionalmente fracos”, explica o engenheiro. “Atrasos consistentes na entrega de recursos importantes asseguram que a web nunca seja uma alternativa confiável para suas ferramentas proprietárias e a App Store.”

Problemas com jogos

Russell cita o Stadia, serviço de streaming de jogos do Google, como um dos principais afetados pelos problemas de compatibilidade no WebKit. Sem acesso à App Store, vetado pela Apple, os desenvolvedores tiveram que adaptar a plataforma ao Safari, browser principal no iOS, para permitir a reprodução de jogos. Isso, na visão do engenheiro, comprometeu o desenrolar da experiência do serviço no sistema operacional da Maçã. “Talvez a revolução do streaming de jogos agora poderia ter acontecido antes”, interpela. “É possível que Amazon Luna, NVIDIA GeForce Now, Google Stadia e Microsoft xCoud tivessem sido construídos anos antes.”

As críticas de Russell vêm à tona em meio a uma batalha jurídica entre Apple e Epic Games. A empresa que desenvolveu Fortnite e Infinity Blade acusa a Big Tech de utilizar práticas anticompetitivas para abrigar jogos na App Store. Entre as várias acusações, destaca-se a cobrança de uma comissão de 30% pela Apple sobre os recursos pagos de apps em sua loja.

Via 9to5Google

Imagem: Stockcam/iStock