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O Spotify apresentou um novo relatório que indica que o número de assinantes premium da plataforma representa quase a metade da sua base de usuários. De acordo com a empresa, o streaming de música conta com 366 milhões de usuários ativos ao redor do mundo, sendo 158 milhões pagantes.

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Segundo o relatório, o número de usuários pagantes do Spotify cresceu cerca de 21% no último ano. No primeiro trimestre de 2020, a plataforma contava com cerca de 130 milhões de assinantes.  Além do catálogo de músicas, parte do aumento de usuários nos últimos anos decorre da estratégia adotada pelo Spotify ao olhar para os podcasts.

Além de agregar feeds, a empresa investiu pesado no formato e trouxe conteúdo exclusivo para a sua comunidade. O resultado deste investimento é o que a empresa declara de “forte aumento” na quantidade de horas de podcasts ouvidos na plataforma.

Plataforma de podcasts premium

Além de divulgar os números do último trimestre, o Spotify aproveitou os bons resultados para lançar mais um produto, uma plataforma de assinatura de podcasts, que permite aos usuários apoiarem os seus criadores favoritos em troca de conteúdos exclusivos e outras vantagens.

Segundo o Spotify, o serviço de vantagens será gratuito para os podcasters que não terão que fazer nenhum tipo de repasse para a plataforma por dois anos. A medida pode ser uma estratégia para fidelizar criadores, tendo em vista que empresas como a Apple e o Facebook também planejam serviços parecidos.

Spotify revela ter 156 milhões de assinantes pagos. Divulgação: Spotify

Serviço limitado e polêmica com criadores

O serviço, neste primeiro momento, só estará disponível para alguns criadores selecionados pelo Spotify. Um deles é Joe Rogan, o lutador de MMA e entrevistador que se tornou um fenômeno na plataforma.

Segundo a empresa, a vinda do programa Joe Rogan Experience ao Spotify “teve um desempenho acima das expectativas” na quantidade de horas em que foi reproduzido. E apesar do sucesso, o programa também é alvo de duras polêmicas por trazer convidados controversos e abordar alguns assuntos de maneira irresponsável.  No dia 23 de abril, por exemplo, o podcaster chegou a dizer que acha que jovens saudáveis não deveriam se vacinar contra a Covid-19.

Segundo Rogan, se a pessoa é jovem e tiver uma vida saudável, praticando exercícios e se alimentando bem, não há necessidade para se vacinar. O Spotify deixou esta informação incorreta ir ao ar com o argumento de que não se trata de um posicionamento declaradamente anti-vacina, tampouco um pedido para que os ouvintes não se vacinem. A postura surpreende, tendo em vista que, em 2020,  a empresa retirou 42 episódios de Rogan da plataforma para evitar polêmicas parecidas.

Reajuste nos preços

O Spotify divulgou o relatório de 158 milhões de assinantes premium na mesma semana em que aplicará reajustes de até 30% nos valores das suas mensalidades. Os plano universitário (o mais barato), que até então custava R$ 8,50, passará para R$9,90.  O individual, anteriormente R$ 16,90, vai para R$19,90. O Duo (para dois assinantes) vai de R$ 21,90 para R$ 24,90 e o Família (para quatro assinantes) vai de R$ 26,90 para R$ 34,90.

O número recorde de usuários e os reajustes nos valores são mais um argumento para aqueles que defendem que a plataforma remunera injustamente os artistas. Além de não pagar pela exibição de podcasts que não são de parceiros, estima-se que o Spotify repasse cerca de US$ 0,0018 centavos para cada música reproduzida aos artistas.

Via The Verge
Imagem: Fixelgraphy/Unsplash/CC