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Uma nova lei aprovada na Rússia exigirá que todos os celulares, iPads e demais dispositivos, como computadores ou smart TVs, sejam pré-instalados com aplicativos russos na fábrica. Chamada de lei “anti-Apple” de maneira não-oficial, entrou em vigor nesta quinta-feira (01/04).

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De acordo com reportagem da Reuters, a intenção do governo é fortalecer o controle sobre a internet e dar às empresas da Rússia condições de lutar em pé de igualdade com as estrangeiras, como a Apple. O pacote do presidente Vladimir Putin incluirá, futuramente, propostas adicionais, que vão englobar desde a obrigação de empresas estrangeiras abrirem escritórios em território russo até incentivos fiscais para empresas de TI russas.

O Ministério Digital da Rússia deixou claro que a paridade deverá ser obedecida para que os apps locais não sejam prejudicados. “Os aplicativos russos da lista de pré-instalação devem ser colocados ao lado de outros programas da mesma classe: ambos da mesma categoria um ao lado do outro na mesma tela do dispositivo”.

Apple relutou, mas concordou

A Reuters informou que a Apple chegou a relutar com a nova lei da Rússia no início, mas acabou concordando em oferecer aos usuários uma forma de instalar os aplicativos russos durante as configurações iniciais do iPhone ou de outros dispositivos da marca. A Maçã revelou que oferecerá aplicativos de desenvolvedores russos aos usuários quando eles começarem a ativar e configurar seus novos telefones, mas disse que “todos os aplicativos são verificados para garantir que atendam às próprias políticas de privacidade e segurança da Apple”.

Segundo o governo da Rússia, essa nova lei permitirá que empresas de TI do país possam crescer e levar os aplicativos russos a se tornarem “a locomotiva no processo de modernização local”. Dmitry Chernyshenko, vice-primeiro ministro russo, acrescentou que mais 60 medidas estão sendo estudadas pelo governo, e que gigantes do setor, como Yandex e Mail.Ru estão entre as empresas que podem projetar ganhos com a nova lei.

Ultimato ao Twitter

Não custa lembrar que essa não é a 1ª vez que o governo da Rússia “mete a colher” na internet. Há aproximadamente um mês, em uma medida autoritária, houve ameaça de banir o Twitter do país, pois a rede social supostamente estaria se recusando a remover conteúdos impróprios da plataforma.

A ameaça, no entanto, acabou não se concretizando, e o próprio site do Kremlin, além de outros ligados às agências governamentais acabaram sendo bloqueados por engano pelo governo de Vladimir Putin. O Twitter, por sua vez, acabou multado em janeiro por se negar a armazenar o servidor do governo contendo dados sobre os cidadãos russos em seu território.

Via Business Insider

Imagem: Elly Fairytale/Pixabay/CC