O CBRS, um novo espectro de redes da Verizon, está fazendo o sinal de 4G operar até duas vezes mais rápido do que o 5G nos Estados Unidos. Testes de rede local detectaram que, enquanto o 5G DSS nacional da operadora transmitia velocidades de 358 Mbps, redes de 4G com o novo recurso batiam a faixa de 815 Mbps.
Realizados em dois bairros do Queens, Nova York, os testes compararam ambos os pontos de rede da Verizon com acesso à CBRS com o 5G DSS nacional e a Ultra Wideband (UWB, ou banda ultralarga), muito mais rápida, mas com alcance bem menor. Dentro de seu raio de 250 metros, o 5G em onda milimétricas (mmW) apresentava velocidades de 3,2 Gbps, vencendo as outras duas alternativas. Entretanto, o 4G CBRS alcançou estabilidade e velocidades altas mesmo longe dos pontos de acesso, e assim se mostra mais viável do que o 5G DSS.
Como isso é possível?
Um 4G mais rápido do que 5G não é exatamente novidade, já que o padrão nacional da Verizon não é uma rede 5G de verdade, e sim o 5G DSS. A Verizon utiliza o padrão “Dynamic Spectrum Sharing” (DDS), ou Compartilhamento Dinâmico de Espectro, que usa frequências 4G auxiliares para ampliar velocidade e alcance da rede. Os planos da telefonia envolvem espalhar o padrão até a chegada da banda C, e depois, cobrar mais caro por ela.
O que é novidade nessa história toda é ter um 4G tão mais rápido – e melhor. O Citizens Broadband Radio Service (CBRS) é um espectro de rede multi-camada que opera na faixa dos 150 MHz. Desenvolvido em 2012 para uso militar, a FCC começou vender licenças para uso privado da rede em 2015. Boa parte dessas faixas foram adquiridas por empresas que não as utilizavam. Ou, pelo menos, até agora.
Por ser uma faixa extra de rede, o CBRS não substitui nenhuma outra rede 4G, apenas soma quando está disponível para qualquer aparelho com acesso a LTE. No teste do PCMag, por exemplo, o CBRS somou 40MHz aos 20MHz de banda 2, 10 MHz de banda 13 e 20 MHz de banda 66.
Os planos da Verizon envolviam usar a faixa CBRS para dar suporte ao 5G DDE, tornando a rede nacional mais eficiente. Entretanto, torres de distribuição de sinal apresentavam problemas no uso conjunto das duas frequências, então a faixa extra ficou em acesso ao 4G. No entanto, a expectativa é de que o CBRS não seja mais rápido do que o 5G de banda C, que entrara
Via PhoneArena e
Imagem: William Carvalho (Pexels)