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Novos relatos de pessoas que trabalharam no Google apontam que a empresa não apresenta boa conduta ao receber reclamações de racismo, sexismo e outras injúrias. E os comentários dos ex-funcionários apontam para a mesma orientação irresponsável: ao buscarem ajuda no RH, ouviram que precisavam se retirar para cuidar da saúde mental.

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A empresa sediada em Moutain View, Califórnia (EUA), já passa por escândalos de racismo e sexismo (alguns aqui e aqui). Esses explodiram após a demissão de uma das líderes da pesquisa de inteligência artificial, Timnit Gebru, por ter criado um algoritmo para identificar viés racista dentro da empresa. Até agora, nenhuma política de mudança concreta foi feita.

Relatos de discriminação

Em reportagem da NBC, Benjamin Cruz, ex-designer e mexicano-americano, relatou que ouviu de colegas a seguinte afirmação “sua pele não é tão escura quanto esperava”. Ao buscar o setor de recursos humanos para reclamar da situação, foi recomendado que buscasse ajuda psicológica. Esse não foi o único caso de racismo reclamado por Benjamin. Após suas reclamações, sentiu que o trabalho começou a ficar pesado e que havia uma coerção para que pedisse as contas.

April Curley e Timnit Gebru, duas mulheres negras que trabalhavam no Google e tinham um posicionamento de lutar por diversidade na empresa, foram demitidas após reclamarem de sexismo e racismo. Após a saída das duas, um clima desconfortável passou a pairar no ambiente de trabalho. E para tentar se acertar, o Google contratou outra mulher negra para o cargo na equipe de Inteligência Artificial Ética (antes ocupado por Timnit).

A postura negativa da empresa também se repete quando seu “poder” é questionado. O Business Insider também conseguiu relatos de ex-empregados que, ao reclamarem ao RH sobre o modo como a gerência os estava tratando, foram indicados a se retirar para cuidados com saúde mental. Como é o caso de William Fitzgerald, que chegou a publicar no Twitter o modo como foi tratado

Resposta do Google

Questionada sobre os casos de reclamações por sexismo e racismo, um representante do Google falou à NBC que a empresa tem o compromisso de dar apoio a funcionários que apontem reclamações sobre o ambiente de trabalho. “Temos um processo muito claro para essas situações e somos transparentes sobre o modo como resolvemos essas questões” respondeu.

Entretanto, nem o representante nem a empresa explicaram quais práticas são adotadas para acolher a diversidade em seu espaço de trabalho e nem quais procedimentos são realizados para evitar injúrias de todos os tipos. O que também demonstra a negligência quanto ao assunto.

Imagem: Dylan Carr/Unsplash