A forte onda de frio que chegou aos Estados Unidos transformou a paisagem em lugares que normalmente não recebem neve – ou não muita. E obrigou a Samsung a fechar temporariamente sua fábrica de chips localizada em Austin, no Texas.
O estado é conhecido pelos desertos e ondas de calor e, neste ano, está enfrentando o inverno mais rigoroso das últimas três décadas, chegando a temperaturas de -18°C. A nevasca causou a interrupção no fornecimento de energia em diversos pontos do estado. As autoridades texanas solicitaram que diversas fábricas deixassem de funcionar até segunda ordem, o que inclui a Samsung, a NXP Semicondutores e a Infineon Semicondutores.
Em um comunicado, a empresa divulgou que interrompeu suas operações gradualmente a partir das 13 horas de 16 de fevereiro e, com aviso prévio, tomou medidas apropriadas para as instalações e peças em produção.
Prejuízo
Alguns tipos de chip podem levar mais de um mês para serem fabricados, passando por diversas etapas até estarem prontos. A falta de energia pode fazer com que linhas inteiras de produção sejam perdidas por conta da interrupção de alguma etapa. É por isso que ainda não é possível calcular o tamanho do prejuízo da Samsung ao fechar a fábrica do Texas.
A Samsung inaugurou a planta de Austin em 1996. Nove anos depois comprou outra planta que foi ampliada em 2017. A empresa também anunciou que planeja abrir uma fábrica de semicondutores na mesma cidade até 2023. A interrupção na produção poderá causar grandes prejuízos às empresas em escala mundial. Para se ter ideia, em 2018, um blecaute de energia de meia hora na fábrica da Samsung destruiu 3% do fornecimento global de chips.
A pandemia de Covid-19 já havia afetado seriamente a produção de chips em todo o mundo e o fato de a Samsung fechar sua fábrica de chips no Texas por tempo indeterminado trouxe mais ansiedade ao mercado. Cerca de 70% da produção global de semicondutores está concentrada na Ásia, em especial em Taiwan.
Via Asia Nikkei e Sammobile
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