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A Casa Branca acaba de anunciar que o governo de Joe Biden administrará medidas agressivas para enfrentar a crise de processadores que afeta a indústria dos Estados Unidos. A decisão vai ao encontro dos apelos da SIA (Semicondutor Industry Association, “Associação da Indústria de Semicondutores”) para que o Tio Sam invista na produção local de componentes.

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O presidente dos Estados Unidos assinará uma ordem executiva direcionando o governo a avaliar todos os gargalos de ofertas de produtos considerados “essenciais”. A administração declarou que o problema no mercado de processadores ocupa uma peça central nessa nova avaliação.

Os Conselhos Nacionais de Segurança e de Economia emitirão um relatório de 100 dias para resolver crises no mercado de microprocessadores, minérios críticos, suprimentos médicos, baterias e empacotamentos avançados. Outras avaliações, voltadas para o setor de transportes, segurança, energia e telecomunicações, terão até um ano para sua conclusão.

Trazer o trabalho de volta pra casa

As medidas de Biden podem ser cruciais para a retomada do mercado de processadores nos Estados Unidos, que até então dependia do mercado sul-asiático e foi fortemente afetada pela pandemia. A maior parte das empresas exportava chips da TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) ou da Samsung, na Coréia do Sul.

As fornecedoras asiáticas, mesmo cobrando mais caro, não conseguiam atender a demanda mundial, o que colocou o mercado de semicondutores em polvorosa. A Qualcomm chegou a prever falta de componentes ainda no começo de 2021.

Resta ver como a decisão de trazer a produção de volta para o país afetará a guerra econômica com a China.  A presença de Biden, que inicialmente prometia um alívio para o mercado tech chinês, parece não mudar muita coisa, já que ele não revogará as sanções de Donald Trump à Huawei.

Via Bloomberg Quint

Imagem: Travel Mania (Shutterstock)