Depois de alcançar a incrível marca de 50 milhões de celulares vendidos no mundo no 3º trimestre de 2020, a Realme estabeleceu uma nova façanha: registrou crescimento de 80% no último trimestre do ano. Segundo dados da consultoria Counterpoint, em número de remessas totais do ano, o crescimento da Realme foi e 65% em relação a 2019. A marca acabou contribuindo para a recuperação do setor de celulares como um todo.
A fabricante somou 42,4 milhões de telefones vendidos apenas em 2020 (contra 25,7 milhões em 2019), número que garantiu à empresa, pelo quinto trimestre consecutivo, o título de marca de smartphone com o crescimento mais rápido do mundo. Não custa lembrar que a Realme, criada em 2010 como subsidiária da Oppo, dois anos depois se tornou independente e deu início ao crescimento contínuo, confirmado pelos 80% alcançados no 4º trimestre do ano passado.
Líder em crescimento
Como já pontuado, o crescimento de 80% da Realme no trimestre manteve a marca na ponta da tabela entre as que mais se destacaram no período. Na sequência, segundo a Couterpoint, aparecem a Xiaomi, com 17% e 145,8 milhões de celulares vendidos no período, e a Tecno, com 5% de crescimento e 22,8 milhões de dispositivos negociados. Samsung, líder disparada em vendas, com 255,7 milhões de celulares vendidos, Apple, com 201,1 milhões, e Huawei, com 187,7 milhões, têm dados curiosos. Entre as três, apenas a Apple apresentou crescimento no comparativo (3%). Samsung e Huawei, por sua vez, registraram quedas de 14 e 21%, respectivamente.
De acordo com Aman Chaudhary, Analista de Pesquisa da marca, os bons números das empresas, como a Realme, mostram que o mercado de celulares está se recuperando após os efeitos negativos da pandemia de Covid-19. “O mercado caiu 10% em 2020 devido ao spread do Covid-19 e os bloqueios resultantes, que impactaram o desempenho no primeiro semestre do ano. Com a flexibilização dos bloqueios, o mercado se recuperou no segundo semestre graças à demanda reprimida sendo atendida pela cadeia de suprimentos simplificada”, pontuou.
“É interessante notar que o mercado também fez uma migração distinta de feature phones [celulares com botões, à moda antiga] para smartphones, uma vez que os dispositivos se tornaram um meio para educação, trabalho e entretenimento. Um forte impulso 5G da indústria por meio da redução dos preços dos dispositivos e das tarifas das operadoras impulsionou ainda mais o processo de recuperação do mercado”, completou o especialista.
O crescimento da Realme pode ficar ainda maior, segundo os executivos da marca. Rotulada de estratégia 1+4+N, a ideia da Realme é lançar no mercado Smart TVs, fones de ouvido, smartwatches, câmeras 360 e muito mais. Tudo para impulsionar ainda mais a já boa fatia de 15% do mercado que a marca possui na Índia e para se manter ao menos no top 5 em vendas de smartphones 5G na China, seu país natal.
Via GSM Arena