Trump perdoa ex-engenheiro do Google preso por roubar informações - Vida Celular

Vida Celular

Tudo sobre os melhores celulares

Nós do Vida Celular e nossos parceiros utilizamos cookies, localStorage e outras tecnologias semelhantes para personalizar conteúdo, anúncios, recursos de mídia social, análise de tráfego e melhorar sua experiência neste site, de acordo com nossos Termos de Uso e Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

Donald Trump deixará a Casa Branca nesta quarta, substituído por Joe Biden, mas, como um de seus últimos atos, resolveu que, apesar de polêmico, também perdoa, e concedeu o benefício a dezenas de indivíduos, entre eles um ex-engenheiro do Google. Anthony Levandowsky foi condenado por ter roubado informações sigilosas do Waymo, projeto autônomo do Google, para usar em sua própria startup de caminhões e, depois, vender a empresa para o Uber por US$ 680 milhões (mais de R$ 3,4 bilhões).

publicidade

Julgado e condenado a 18 meses de prisão, o engenheiro do Google não chegou a colocar os pés na cadeia por conta da pandemia da Covid-19 e, agora, com o anúncio do perdão presidencial, jamais saberá como é a vida atrás das grades. “Minha família e eu somos gratos pela oportunidade de seguir em frente e agradecidos ao presidente e outros que apoiaram e defenderam em meu nome”, publicou o ex-engenheiro do Google, em sua conta no Twitter.

 

As acusações… E o perdão

Responsável pela condenação de Anthony Levandowski, o juiz William Alsup rotulou o caso como “o maior crime de segredo comercial que já viu”. O ex-engenheiro do Google foi originalmente acusado de 33 tentativas de roubo de segredos comerciais. Após deixar o projeto Waymo, em 2016, e montar sua própria empresa, passou a usar o IP do Google para espionagem e obtenção de informações sigilosas. Isso gerou uma briga judicial entre Google e Uber pelos direitos de desenvolvimento dos carros autônomos, resolvida somente em 2018, com a empresa de transportes desembolsando US$ 245 milhões (R$ 1,3 bi) para encerrar o processo.

O perdão de Trump ao ex-engenheiro do Google teve apoio de nomes de peso, como Peter Thiel, investidor em tecnologia, Amy Craig, Ryan Petersen e Michael Ovitz, entre outros, como pontuou a reportagem do Business Insider.

Donald Trump também aproveitou o melancólico apagar das luzes do seu mandato para perdoar outro nome nefasto, seu ex-conselheiro Steve Bannon (criador do site direitista Breitbart. Além disso, o rapper Lil Wayne também estava entre os perdoados pelo decreto presidencial.

Desenho de Donald Trump fazendo sinal de positivo sinaliza que presidente perdoa condenados, entre eles um ex-engenheiro do Google

Imagem: Open Clipart/Pixabay/CC

Achou pouco? Pois além de perdoar o ex-engenheiro do Google, Steve Bannon e Lil Wayne, Donald Trump também concedeu perdão a outros nomes bem polêmicos. Um dos perdoados pela canetada presidencial foi o republicano Rick Renzi, condenado em 2013 por participação em um esquema de propina no Arizona, Robert Hayes, da Carolina do Norte, que mentiu para o FBI, e Randall Cunningham, que em 2005 assumiu a culpa por aceitar US$ 2,4 milhões (aproximadamente R$ 13 milhões) em propinas de empreiteiros militares.

Imagem: Evan El-Amin (Shutterstock)