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A Turquia baniu anúncios comerciais no Twitter e em outras duas plataformas digitais no país. A ação foi tomada pelo governo turco como punição após a rede social não nomear representantes locais. Periscope, que pertence ao Twitter, e Pinterest também não fizeram a nomeação e sofreram a mesma penalidade.

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Uma lei turca voltada para as mídias sociais exige que as empresas nomeiem seus representantes no país. Ao que tudo indica, o que está por trás da exigência é haver um maior poder de interferência do governo local sobre as plataformas. As mídias sociais que não cumprem com essa determinação podem sofrer punições, entre multas e redução de largura de banda.

Rotina de pressão em cima de mídias sociais e veículos de comunicação

O Twitter, antes de ter os anúncios banidos, já tinha sido multado meses atrás na Turquia, ao lado da dupla Facebook e YouTube. A decisão de agora pode ser considerada mais uma atitude extrema do governo local em cima dos meios de comunicação social.

Um dos últimos acontecimentos nesse sentido foi o fechamento de uma emissora de televisão após ataques severos feitos por representantes governistas contra ela. A Olay TV fechou semanas após sua estreia na Turquia. Segundo o editor-chefe da emissora, Suleyman Sarilar, o maior acionista do canal decidiu encerrar o programa em meio à intensa pressão do governo. Cavit Caglar também alegou ter ficado incomodado com a cobertura jornalística da Olay TV, que contrariava seus interesses políticos.

Proibição de acesso ao Google Drive e bloqueio às redes sociais na Turquia

Essa situação complicada vem ocorrendo há alguns anos. Em 2016, as pessoas foram impedidas pelo governo turco de acessarem Dropbox, Google Drive, OneDrive e GitHub ao longo de um fim de semana inteiro. Como pano de fundo para essa atitude extremista, vazamento de dados que comprovariam que o governo de Erdogan estava se articulando com os principais veículos de mídia do país para garantir sua permanência no poder.

Logo em seguida, no mesmo ano, o governo da Turquia bloqueou o acesso dos cidadãos ao conteúdo de Twitter, Facebook, WhatsApp e YouTube. A restrição aos sites foi feita pelos provedores de serviços de internet. Uma operadora ligada ao governo Erdogan foi a primeira a iniciar os bloqueios.

Governo da Turquia também ameaça diminuir a largura de banda

Junto aos recentes ocorridos, em seu perfil oficial no Twitter, o vice-ministro dos Transportes e Infraestrutura da Turquia fez postagens sobre a determinação que bane anúncios na rede social. Ao postar sobre a decisão publicada hoje no Diário Oficial do país, Omer Fatih Sayan ameaçou inclusive as empresas que anunciam na plataforma. Em suas postagens, também há ataques às mídias sociais.

Sayan, que também é presidente da Autoridade de Tecnologias de Informação e Comunicação (BTK) na Turquia, ameaçou ainda mais as plataformas. Uma das postagens do vice-ministro no Twitter diz que pode a largura de banda das mídias ser reduzida em 50% em abril e 90% em maio.

Sayan reverbera Erdogan e outros extremistas de direita da Turquia, que também são alinhados ao líder turco. Segundo eles, as mídias sociais agem como ditaduras digitais, desrespeitando a democracia, a lei, os direitos e as liberdades.

Facebook, Google e YouTube se comprometeram a nomear representantes locais na Turquia. Esse movimento de aceitação por parte das plataformas digitais aos termos impostos pelo governo turco preocupa a Anistia Internacional. Milena Buyum, ativista da Turquia dessa organização que defende os Direitos Humanos pelo mundo, declarou que há um sério risco das plataformas se tornarem um instrumento de censura do Estado.

Via Reuters