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A iniciativa do Twitter de banimento do presidente norte-americano Donald Trump (e alguns aliados) está dando resultado: a quantidade de notícias falsas sobre as eleições presidenciais caíram 73% no último fim de semana.

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Os números vêm da empresa de pesquisa Zignal Labs, que apontou que as conversas mencionando fraudes eleitorais diminuíram de 2,5 milhões para apenas 688 mil menções em várias redes sociais, uma semana após o banimento de Trump no Twitter.

Sem voz nas redes

O banimento de Trump no Twitter ocorreu no dia 08/01, assim como mais de 70 mil contas afiliadas. Outras redes sociais também deram um basta nas contas do presidente norte-americano e de seus apoiadores, como Facebook, Instagram, Snapchat, Twitch, Spotify, Shopify e outros, de forma temporária ou permanente.

Até mesmo os aplicativos de paquera estão banindo os apoiadores do político, em especial os que se envolveram na polêmica invasão ao Capitólio no dia 06/01, que terminou com atos de vandalismo, cinco mortes, dezenas de feridos e centenas de prisões. Segundo pesquisadores, esse tipo de atitude certamente reduzirá a propagação de desinformações no curto prazo, mas não se sabe como será no futuro.

Efeito megafone

O resultado da pesquisa da Zignal nos ajuda a entender o ecossistema de desinformação perigoso e integrado, gerado por influenciadores de alto nível e seus seguidores. Os pesquisadores notaram, por exemplo, que os tweets do presidente Donald Trump foram repostados várias vezes, em diversos assuntos, alavancando o alcance do seu discurso e gerando um efeito de megafone — o que reforça a importância do banimento do presidente do Twitter e de outras redes sociais.

Estudo conduzido pelo Election Integrity Partnership, consórcio que busca combater a desinformação, apontou que, uma semana antes das eleições norte-americanas, 1/5 dos retweets de fake news vieram de 20 contas conservadoras pró-Trump, incluindo o perfil do presidente.

Nova rede polêmica

Donald Trump vai deixar a presidência da república no dia 20/01, a próxima quarta-feira, data da posse de Joe Biden. Por conta do banimento do Twitter, especula-se que Trump busca uma rede social que o aceite e estaria concentrando forças no Parler, Gab ou Telegram.

O Parler já se viu envolvido em polêmicas, uma vez que o Google e a Apple, recentemente, o excluíram de suas lojas virtuais de aplicativos por conta da baixa moderação de conversas violentas em seu site. No mesmo sentido, a Amazon Web Services suspendeu o aplicativo, deixando-o fora do ar.

Via Stamford Advocate

Foto Freepik/CC