CEO da Apple Tim Cook fala de Covid-19 e inovações em podcast - Vida Celular

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Em uma entrevista ao podcast do jornalista Michael Roberts, CEO da Apple Tim Cook falou sobre Covid-19, condicionamento físico, Apple Fitness+  e recomendou o uso dos dispositivos móveis “com moderação”, entre outros assuntos.

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O bate-papo, que durou pouco mais de 1 hora, foi lançado nesta quarta-feira (9) no podcast da revista Outside e também está disponível no canal da Apple. Gravado no início do outono, ele teve como cenário o belíssimo Apple Park, a sede da Apple que fica em Cupertino, Califórnia. A reportagem completa será publicada no início de 2021, na edição de inverno da Outside.

Na entrevista, Tim Cook abordou vários assuntos, inclusive a importância da meditação. “Na minha opinião não há nada melhor do que meditação e caminhar na natureza”. Também comentou sobre sua “obsessão” por condicionamento físico (treina diariamente) e defendeu, com frases polêmicas que exercício é a chave para manter a qualidade de vida. “Sem dúvida, seu corpo é muito mais importante do que seu carro”. “Sou religioso em relação aos exercícios. Para mim, é o que mantém o estresse sob controle porque, infelizmente, não posso ir a um parque nacional todos os dias”.

Apple Park

Apple Park

“Todos nós trabalhamos com inspiração e motivação. Estar aqui é como trabalhar em um parque nacional e me proporciona esse sentimento – significa quão inspirados e motivados estamos para fazer coisas diferentes”, conta Cook. “Assim, a natureza realmente me inspira e me motiva. Se estivéssemos em escritórios, haveria salas de conferências com nomes de parques nacionais”, ironizou.

CEO da Apple desde 2011, Cook também explicou como os funcionários são incentivados a usufruírem do espaço. “Propomos desafios de atividades mensais em toda a empresa para que as pessoas se mexam, se exercitem. Também temos cafés onde as pessoas se reúnem ao ar livre”, conta ele. “Essas coisas não apenas movem as pessoas, mas provocam debates e ideias inesperadas que trazem inovação”, pontuou.

E não é para menos, afinal, o Apple Park é fruto da imaginação de um dos mestres da inovação, Steve Jobs. Ele queria um espaço que se parecesse menos como um parque tecnológico, cheio de escritórios,  e mais com um refúgio natural.

A área conta com 80% de espaços verdes, distribuídos em 12 hectares,  equivalente a 12 campos de futebol, com uma lagoa, cerca de 800 árvores frutíferas e caminhos inspirados em pomares da Califórnia. O Apple Park produz 100% de energia renovável e os painéis solares instalados são suficientes para fornecerem 75% durante o pico diurno. Os outros 4 megawatts são de biocombustível ou gás natural.

Uso moderado das tecnologias

Na entrevista, Tim Cook revelou que também se sente responsável pela maneira como as pessoas usam as tecnologias. “Pensamos muito sobre todas as coisas que criamos, as ótimas maneiras como poderão ser usadas, mas também as maneiras não tão boas. Queremos criar nossos produtos de forma que as pessoas tirem o máximo proveito deles em curtos períodos, e depois se liberem para fazer o que quiserem”, diz Cook. “Nunca projetamos nossos produtos para dominar a vida das pessoas. Nosso negócio é enriquecer suas vidas e lhes permitir criarem algo que não poderiam”, pontuou.

Saúde Mental

Sobre o uso indiscriminado dos dispositivos móveis, Cook é taxativo. Ele mandou um recado para pessoas que se expõem aos riscos ao pegarem seus iPhones e se aproximarem de penhascos, ou montanhas em busca da melhor selfie para Instagram ou Facebook.

“Meu conselho para todos que vão a um parque nacional é esquecer seu pau de selfie e o desejo de obter aquela foto perfeita, e apenas mergulhar na beleza do próprio espaço, porque isso vai ficar com você por muito mais tempo do que uma foto selfie”, advertiu.

O executivo também demonstrou preocupação com  conteúdos ofensivos espalhados nas redes sociais, como o bullying, a desinformação e a violência. “Eu me preocupo principalmente com as coisas que saem nas redes sociais, e a lista é longa.”

Ele também falou sobre a responsabilidade da Apple com os aplicativos disponíveis na App Store. Nas suas palavras: “temos que ter muito cuidado com a forma como revisamos os aplicativos e fazemos curadorias em nossos serviços para não alimentar esse ambiente nocivo, seja no Apple News, ou na curadoria da App Store, na qual não permitimos certos aplicativos. Temos a responsabilidade de saber como o produto é usado, não é apenas disponibilizar, mas ver como é usado”, concluiu.

Via Outside e 9 to 5 Mac.