O YouTube tornou mais rígidas as regras contra conteúdos que propaguem fake news e informações falsas, e decidiu que vai remover vídeos que contestem a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas, revendo sua posição anterior.
Em nota oficial, o YouTube declarou que considera a última terça-feira (08/12) como o prazo limite para que se comprove algum indício de fraude no processo eleitoral do país. Considerando que os estados mantiveram Joe Biden como vencedor, a partir desta quarta-feira (09/12), os produtores que publicarem vídeos questionando as eleições terão o conteúdo imediatamente removido do canal, estando sujeitos a outras punições da plataforma.
Para garantir o compromisso com a verdade, o YouTube também manterá cards informativos abaixo dos vídeos que tratem do tema eleições indicando os resultados oficiais do departamento federal americano, além de fornecer um link para a página de cibersegurança da Agência de Segurança Nacional.
Mais de 8 mil canais desativados
O combate às fake news é uma preocupação antiga dentro do YouTube, de modo que já havia políticas proibindo questionamentos parecidos em eleições passadas. No entanto, por conta da recontagem de votos em alguns estados, foram permitidos vídeos que apresentassem visões contraditórias aos resultados das eleições até 8 de dezembro.
O YouTube estima ter removido cerca de 8 mil canais e milhares de vídeos contendo informações faltas sobre as eleições americanas. Cerca de 77% destes vídeos foram removidos antes de atingir 100 visualizações.
A preocupação com a veracidade das informações é crescente entre as empresas de tecnologia. A Qualcomm também tem feito testes para o desenvolvimento de um app que indique se as informações que o usuário está consumindo são verdadeiras. Além disso, outras redes sociais como o Facebook e o Twitter também trabalham em medidas de combate às fake News.
Joe Biden tomará posse na Casa Branca no dia 20 de janeiro de 2021. Até o momento, o atual presidente Donald Trump não reconheceu sua derrota para o democrata.
Via YouTube